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Pergunta

O inferno é um tormento eterno e consciente?

Resposta


Embora muitas pessoas evitem o assunto, a Bíblia fala frequentemente do inferno tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Muito do que sabemos sobre o inferno vem do próprio Jesus, que ensinou regularmente sobre ele durante o Seu ministério terreno. Para responder à pergunta "o inferno é um tormento consciente e eterno?", precisamos entender como a Bíblia descreve o inferno.

A Bíblia usa diferentes termos para descrever a existência e a natureza do que chamamos de "inferno" em português. Um termo é a palavra hebraica Sheol (ou Hades em grego), que significa "lugar dos mortos ou espíritos que partiram" (veja Salmo 88:3). Essa palavra é uma referência geral ao reino dos mortos, para onde vão todos os espíritos humanos após a morte, sejam eles bons ou maus. Jesus falou sobre esse reino em Lucas 16:19-31 e parece sugerir que ele é dividido em dois "compartimentos" ou "lados", um de bênção para aqueles que foram fiéis a Deus e outro de tormento para aqueles que não foram.

Outro termo para o inferno é a palavra grega Gehenna, que significa "Vale de Hinom". Esse é um vale físico e literal ao sul de Jerusalém, onde alguns israelitas do Antigo Testamento sacrificavam seus filhos ao deus cananeu Moleque (2 Crônicas 28:3; Jeremias 7:31-32). Nos anos posteriores, o vale foi usado como depósito para queimar o lixo da cidade. Jesus usou a Geena como uma ilustração de como é o inferno (Marcos 9:45, 47).

A frase final que a Bíblia usa para se referir ao inferno é lago de fogo, descrito em Apocalipse 19:20 e Apocalipse 20:14-15. Esse é o destino final dos espíritos no Sheol/Hades que rejeitaram Cristo como Senhor. No julgamento do grande trono branco, aqueles cujos nomes não forem encontrados no livro da vida serão lançados no lago de fogo.

Com essas definições bíblicas em mãos, podemos responder à pergunta "o inferno é um tormento consciente e eterno?" analisando cada descritor individualmente:

O inferno é eterno? Alguns afirmam que o inferno não é eterno, mas apenas um lugar temporário de punição pelos pecados, após o qual o pecador será extinto. Essa visão é chamada de aniquilacionismo. A Bíblia ensina que o inferno é eterno e não tem fim. Em Marcos 9:43-48, Jesus se refere ao inferno como "o fogo inextinguível" e diz que é um lugar onde "o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga." Em Apocalipse 20:10, o diabo, a besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo e "atormentados dia e noite para todo o sempre". Em outras palavras, o inferno é eterno.

O inferno é consciente? Alguns afirmam que as almas no inferno não estão conscientes ou cientes de sua existência. A Bíblia ensina o contrário. O exemplo mais claro disso é visto na história do homem rico e Lázaro (veja Lucas 16:19-31). Nessa história, o homem rico que entra no inferno (o lado do castigo do Sheol) tem plena consciência de sua existência ao falar sobre sua agonia e a dor que está sentindo. As almas têm plena consciência de sua existência tanto no céu quanto no inferno.

Finalmente, o inferno é um tormento? Alguns afirmam que o inferno não é um estado de tormento ou dor, mas simplesmente a separação de Deus. Na realidade, a separação eterna de Deus seria o maior tormento que uma alma poderia experimentar. Além disso, a Bíblia ensina que as almas no inferno experimentarão tormento ou dor constante e eterna como punição por seus pecados. Mais uma vez, na parábola do homem rico e Lázaro, o homem rico está em agonia enquanto anseia por uma única gota de água. Além disso, as Escrituras ensinam que todos os que rejeitaram Cristo serão lançados no "lago de fogo", que é descrito como um lugar de tormento que continua dia e noite para todo o sempre (Apocalipse 20:10-15).

Então, o inferno é um tormento consciente e eterno? De acordo com os ensinamentos de Jesus e o livro de Apocalipse, a resposta é um claro "sim". O inferno é eterno no sentido de que não tem fim. O inferno é consciente, pois as almas estão cientes de sua existência. E o inferno é um tormento, pois as almas experimentam constantemente a agonia de sua rejeição a Cristo e da maldade de seus atos. Essa dura realidade da natureza do inferno é a razão pela qual é tão importante que os cristãos compartilhem as boas novas de Jesus com aqueles que estão perdidos.

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