Pergunta
Por que existem seitas cristãs?
Resposta
Primeiro, devemos definir o que queremos dizer com seita cristã. A palavra seita em si é muito ampla e pode significar qualquer coisa, desde "denominação religiosa" até "culto destrutivo". Para os fins deste artigo, definiremos seita cristã como "uma pequena facção da igreja que se separou de um grupo maior para seguir uma prática ou interpretação específica da Bíblia". Muitas vezes, uma seita cristã é mantida unida por um professor que promove a doutrina única. Assim, este artigo distinguirá uma seita de uma denominação ("um grande grupo de igrejas que compartilham crenças gerais") e de um culto ("um grupo herético que se afasta dos ensinamentos cristãos ortodoxos").
Por exemplo, na Inglaterra, nos anos 1600, a denominação batista tinha dois ramos principais: os batistas gerais (arminianos) e os batistas particulares (calvinistas), mas havia um grupo menor que havia se separado, os batistas do sétimo dia (que adoravam aos sábados). Como outro exemplo, na Prússia, em 1817, um diácono luterano chamado John Scheibel formou uma seita chamada Antigos Luteranos em oposição à recente união da Igreja Luterana com a Igreja Reformada. Esses grupos batistas e luteranos são exemplos de seitas cristãs.
Ramificações de denominações cristãs podem surgir a partir de um ponto doutrinário (por exemplo, predestinação), uma prática específica (por exemplo, o lava-pés), uma questão de direitos humanos (por exemplo, a escravidão no século XIX), a forma de governo eclesiástico (por exemplo, pagar ou não pastores), separação bíblica (por exemplo, abstinência total de álcool), evangelismo (por exemplo, o valor do trabalho missionário), música (por exemplo, o uso de instrumentos musicais), uma interpretação profética (por exemplo, o ensino pré-ira), uma experiência (por exemplo, o continuísmo)—e a lista continua.
A existência de seitas cristãs mostra a diversidade e a variedade (e, às vezes, a fragmentação) dos seguidores de Cristo. Desde que um grupo dissidente não esteja caindo em heresia, e desde que não haja animosidade ou orgulho espiritual envolvido na separação, a formação de uma seita cristã não é necessariamente algo ruim.
É possível dividir-se em seitas sem ser excessivamente sectário. Um dia, João foi até Jesus e disse: "— Mestre, vimos certo homem que expulsava demônios em seu nome, mas nós o proibimos de fazer isso, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: — Não proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês" (Lucas 9:49-50).
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