Pergunta
Quais são os prazeres/paixões em Tiago 4:3?
Resposta
Tiago 4:3 afirma: "... pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres." A palavra grega traduzida como "prazeres" também pode ser traduzida como "paixões". Nossa motivação na oração é tão importante quanto o que estamos pedindo.
O tema principal de Tiago é ser um ouvinte e praticante da Palavra (Tiago 1:22). Em Tiago 4, o apóstolo confronta a causa do conflito entre os crentes. Tiago explica que os conflitos surgem de "prazeres que militam" dentro dos indivíduos (versículo 1). Os desejos egoístas levam à cobiça, às disputas e às brigas (versículo 2).
Quando Tiago fala de motivos errados quando pedimos, ele está tratando de uma condição do coração que prioriza a autogratificação acima da glória de Deus. O termo prazeres em Tiago 4:3 refere-se a desejos hedonistas, ou seja, desejos mundanos e egoístas. O prazer não é inerentemente pecaminoso, mas se torna pecaminoso quando a glória de Deus não é o objetivo. "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10:31).
Tiago ensina que devemos examinar nossos motivos na oração (Tiago 4:3). Quando oramos com intenções egoístas, buscando satisfazer nossos prazeres e paixões em vez de cumprir a vontade de Deus, nossas orações serão prejudicadas. Jesus também ensinou a necessidade da postura correta do coração na oração: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6:9-10). Devemos sempre orar para que a vontade de Deus seja cumprida na Terra em vez de pedir a Deus que satisfaça nossa fome de autogratificação.
A Bíblia faz várias advertências contra a satisfação das paixões e dos prazeres. Em 1 João 2:15-17, o apóstolo escreve: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." Entregar-se às paixões e aos prazeres sensuais é míope e temporário; buscar a vontade de Deus é para sempre.
Paulo também adverte contra viver de acordo com as paixões e os prazeres em Gálatas 5:16-17: "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer." Aqui, Paulo contrasta os desejos da carne, incluindo as paixões e os prazeres pecaminosos, com os desejos do Espírito Santo.
Os crentes devem aprender a resistir às paixões e aos prazeres pecaminosos. Em Tito 2:11-12, Paulo escreve: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente". A graça de Deus nos capacita a renunciar às paixões e aos prazeres egocêntricos e a viver de uma forma que agrade a Deus.
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Quais são os prazeres/paixões em Tiago 4:3?
