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Pergunta

O que a Bíblia diz sobre "aquele que faz a vontade de meu Pai" (Mateus 7:21)?

Resposta


Perto do final do Sermão da Montanha, Jesus faz uma declaração surpreendente: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7:21). Obviamente, fazer a vontade do Pai é de suma importância. A vida - a vida eterna - depende disso.

O contexto da declaração de Jesus é o seguinte:

"Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, vão me dizer: 'Senhor, Senhor, nós não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome não fizemos muitos milagres?' Então lhes direi claramente: 'Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal.'" (Mateus 7:21-23)

Todos desejam uma boa comunicação. A comunicação nos permite conhecer a vontade de outra pessoa. A vida é muito mais fácil quando um funcionário conhece as expectativas do chefe, o aluno as do professor e, o mais importante, quando um filho ou uma filha sabe o que o pai quer. Levar a vida sem se importar com as expectativas só traz ansiedade e estresse relacional, mas quando as expectativas são claras, nosso coração fica em paz e seguro. Mais do que ninguém, Deus entende a necessidade de uma comunicação clara. Felizmente, Jesus nos diz claramente em Mateus 7 o que Deus deseja para que possamos fazer a vontade do Pai.

Em Mateus 7:15-20, Jesus compara fazer a vontade de Deus a uma árvore que dá frutos. Uma árvore frutífera que não produz frutos não é, em essência, uma árvore frutífera. Ela traiu o seu próprio ser. No mínimo, a árvore frutífera não está cumprindo o propósito para o qual foi projetada. Para que uma árvore frutífera seja digna desse nome, ela deve produzir frutos.

Jesus comparou a árvore frutífera improdutiva aos "profetas" improdutivos da época (Mateus 7:15). Esses pretendentes andavam por aí declarando "Senhor, Senhor", afirmando que expulsavam demônios e faziam obras maravilhosas, mas sem atender às expectativas do próprio Deus. Jesus lhes diz que o Pai vê através de suas máscaras e charadas. Ele os chama de "malfeitores" e declara que não os conhece nem os reconhece (versículo 23).

Jesus continua em Mateus 7:24-29, contrastando os profetas sem lei com os verdadeiros discípulos que constroem suas vidas sobre uma rocha. Os falsos mestres constroem sobre areia movediça. Eles afirmam viver bem, mas são instáveis, sem lei e infrutíferos. Jesus quer que eles conheçam a comunicação clara do Pai no céu para que suas vidas possam ser frutíferas, justas e estáveis.

Há várias verdades a serem extraídas das palavras de Jesus sobre "aquele que faz a vontade de meu Pai". Primeiro, as ações falam mais alto do que as palavras. Há pessoas que afirmam conhecer Deus, mas Deus nunca as conheceu. Palavras não são suficientes. As profissões de fé em Cristo e as declarações de fidelidade a Ele devem ser seguidas por ações semelhantes às de Cristo. Não basta que uma árvore seja rotulada como "macieira"; ela precisa produzir maçãs.

Em segundo lugar, a prioridade da salvação não é o fato de fazermos coisas em nome de Jesus, mas o fato de Jesus nos conhecer. Os pretendentes fazem muitas coisas em nome de Jesus (Mateus 7:22) e têm grande confiança em si mesmos de que são dignos do céu. Mas Jesus lhes declarará: "Nunca vos conheci" (versículo 22). Aqueles que Jesus conhece - aqueles que Ele aprova - são aqueles que fazem a vontade de Seu Pai no céu.

Terceiro, Jesus é o Juiz. A conversa que Jesus tem com os falsos professantes ocorre no julgamento final. É a Cristo que os pecadores devem prestar contas. "E o Pai não julga ninguém, mas confiou todo julgamento ao Filho" (João 5:22).

Se a única maneira de "entrar no reino dos céus" (Mateus 7:21) é fazer a vontade do Pai que está nos céus, então qual é a vontade de Deus? A resposta é encontrada no restante do sermão de Jesus. Tudo o que vem antes de Mateus 7:21 mostra uma imagem daquele que realmente segue a Cristo e é conhecido por Ele. Aqueles que fazem a vontade do Pai estão demonstrando por suas ações que a sua fé é real. "Sejam praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando a vocês mesmos" (Tiago 1:22; veja também Tiago 2:26).

O ponto de partida é a fé em Cristo. Certo dia, algumas pessoas foram até Jesus e Lhe perguntaram: "Que faremos para realizar as obras de Deus?" (João 6:28). Jesus respondeu não com uma lista de boas ações a serem realizadas, mas com ênfase na fé: "A obra de Deus é esta: que vocês creiam naquele que ele enviou" (João 6:29). No Sermão da Montanha, Jesus disse: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica" está sabiamente construindo sua vida sobre a rocha sólida (Mateus 7:24). Aquele que segue Jesus inevitavelmente produzirá retidão, e é ele quem faz a vontade do Pai.

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