Pergunta
Por que nem todo mundo que diz: "Senhor, Senhor", será salvo (Mateus 7:21)?
Resposta
Em Mateus 5-7, Mateus registra o Sermão da Montanha de Jesus. Nessa mensagem histórica, Jesus desafia os Seus ouvintes a mudarem de ideia sobre como podem fazer parte de Seu reino, dizendo em um ponto que nem todo mundo que disser "Senhor, Senhor" será salvo (Mateus 7:21). Até aquele momento, muitos acreditavam que, apenas por serem parentes de Abraão e Moisés e por obedecerem à Lei de Moisés, tinham a garantia de seu lugar no reino de Deus. Jesus rebate essa noção diretamente.
Em Mateus 7:21, Jesus diz: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." Antes de fazer essa declaração, Ele explicou que a justiça de Seus ouvintes deveria exceder até mesmo a justiça daqueles que obedeciam mais fielmente às expressões externas da Lei de Moisés (Mateus 5:20). Ele acrescentou que a justiça não vem da obediência externa às leis e que, por suas violações internas dessas leis, todos eles eram culpados (Mateus 5:21-47). Em resumo, Jesus apresentou a eles um padrão que não haviam considerado antes: eles deveriam ser perfeitos como o Pai celestial é perfeito (Mateus 5:48). É claro que viver de acordo com esse padrão é impossível. É por isso que Jesus proclamou que as pessoas precisavam se arrepender - mudar de ideia - sobre como poderiam fazer parte do reino de Deus. Elas achavam que precisavam simplesmente ser de uma determinada linhagem e obedecer a um conjunto de leis. Jesus destruiu essas ideias, indicando-lhes o verdadeiro padrão: a perfeição.
Jesus explica ainda que a única maneira de alcançar essa perfeição (já que ninguém pode fazer isso por si mesmo) é recebê-la. Em última análise, Jesus iria para a cruz para pagar pela imperfeição de todos nós (1 Coríntios 15:1-3) para que, ao crer nEle, pudéssemos ter vida em Seu nome (João 20:31). Jesus deixou claro - e os apóstolos depois dEle - que ser declarado justo por Deus é receber a graça por meio da fé; a justiça não vem por obras ou esforço humano (João 3:16; 6:47; Efésios 2:8-9).
A receita é tão simples, mas ainda queremos fazer as coisas do nosso próprio jeito. As pessoas ainda querem se justificar por seus próprios esforços. Se conseguíssemos fazer isso, teríamos motivos para nos vangloriar, e todos nós, ao que parece, queremos ter motivos para nos vangloriar em nós mesmos. Em Mateus 7:15-20, Jesus adverte Seu público sobre os falsos profetas que ensinarão enganosamente sobre a justiça e darão os frutos dessa falsidade. Jesus explica que esses falsos profetas podem ser reconhecidos por seus frutos, mesmo que suas palavras sejam enganosas. Suas palavras podem parecer palavras de justiça, mas eles não são fiéis à receita que Deus forneceu. De fato, diz Jesus, muitos deles até O chamarão de "Senhor", mas seus ensinamentos e suas ações não se alinham com a vontade de Deus. Nem todo mundo que diz a Ele: "Senhor, Senhor", entrará no Seu reino (Mateus 7:21). Essa honra está reservada para aqueles que de fato fazem a Sua vontade. Qual é a vontade de Deus? Que as pessoas mudem de ideia (ou seja, se arrependam) sobre como se tornar justas diante de Deus e se acheguem a Ele com fé. Sem fé, é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6).
O simples fato de dizer as coisas certas não nos concede a justiça de Deus. Nem todos que dizem a Ele: "Senhor, Senhor", entrarão em Seu reino (Mateus 7:21). Em Gênesis 15:6, descobrimos que a crença no Senhor é creditada como justiça. Essa é uma verdade magnífica e libertadora. Não podemos ser perfeitos por nós mesmos, mas Ele é perfeito e se sacrificou e pagou a pena para que possamos ter o perdão dos pecados e Sua justiça. Quando recebemos isso pela fé nEle, somos naquele momento transferidos para o Seu reino (Colossenses 1:13) e aguardamos ansiosamente a chegada desse reino na Terra (Colossenses 3:1-4).
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Por que nem todo mundo que diz: "Senhor, Senhor", será salvo (Mateus 7:21)?
