Pergunta
O que significa o fato de a morte ter reinado desde Adão até Moisés (Romanos 5:14)?
Resposta
Romanos 5:14 afirma: "No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir". Aqui, Paulo fala sobre as consequências do pecado. Ao dizer: "A morte reinou desde Adão até Moisés", Paulo transmite o poder penetrante do pecado e da morte sobre a humanidade e a necessidade de redenção por meio de Cristo.
A morte reinou de Adão a Moisés refere-se ao período entre o primeiro homem, Adão, e a entrega da lei a Israel por meio de Moisés. A desobediência de Adão no Jardim do Éden trouxe o pecado e a morte ao mundo (Gênesis 3). O pecado entrou por meio de um homem, Adão, e o seu impacto foi sentido universalmente. A morte foi a consequência do pecado de Adão. Não importava que ninguém cometesse o mesmo ato de desobediência que Adão; as pessoas ainda assim morriam. O argumento de Paulo aqui é que a morte, a consequência do pecado, é uma experiência universal, mesmo para aqueles que viveram antes de a lei ser dada no Sinai.
Quando Paulo diz: "A morte reinou desde Adão até Moisés", ele enfatiza que a morte dominou toda a humanidade por causa do pecado de Adão. Embora a lei ainda não tivesse sido promulgada, a morte ainda afetava as pessoas. A realidade da morte demonstrava que o pecado estava presente mesmo antes de ser codificado na Lei Mosaica. Paulo argumenta anteriormente que "por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram" (Romanos 5:12). O reinado da morte sobre a humanidade não dependia da lei, mas de nossa natureza pecaminosa herdada de Adão. Portanto, "a morte reinou de Adão a Moisés" porque a penalidade do pecado foi aplicada universalmente, independentemente da presença da lei.
A morte reinou de Adão a Moisés também destaca a ideia de que os efeitos do pecado estavam presentes mesmo naqueles que não transgrediam conscientemente uma ordem direta de Deus. No período anterior a Moisés, não havia uma lei específica para as pessoas violarem, mas a morte ainda reinava. Portanto, a consequência do pecado não é meramente o resultado da quebra de regras explícitas, mas está enraizada na condição decaída da humanidade que começou com Adão. O argumento de Paulo esclarece que as pessoas morreram não porque pecaram da mesma forma que Adão, mas porque o pecado de Adão trouxe a morte ao mundo. A morte reinou de Adão a Moisés porque o pecado estava em nossa natureza.
Retratar a morte como um potentado comunica que toda a humanidade está sob a maldição do pecado, um tema que Paulo desenvolve em Romanos. O domínio do pecado e suas consequências são generalizados. Mesmo na ausência de leis explícitas de Deus, a realidade da morte revela que o poder do pecado vai além das ações individuais - ele é sistêmico, afetando cada pessoa. O domínio da morte é um lembrete sombrio de nosso estado decaído e da necessidade de uma solução para o problema do pecado e da morte.
A compreensão de que "a morte reinou desde Adão até Moisés" prepara os leitores para a introdução de Cristo como o novo Adão, aquele que traz vida onde antes reinava a morte. Romanos 5:14 refere-se a Adão como "o qual prefigurava aquele que havia de vir". Ou seja, Adão foi um modelo para Jesus Cristo. A diferença é que "Adão trouxe destruição, Cristo trouxe salvação" (Romanos 5:14). Assim como o pecado de Adão trouxe a morte, a obediência e o sacrifício de Cristo trariam vida. O reinado da morte de Adão a Moisés preparou o terreno para o mais incrível reinado de graça e vida por meio de Jesus Cristo. Paulo detalha esse fato em Romanos 5:17, afirmando: "Se a morte reinou pela ofensa de um e por meio de um só, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo." A obra redentora de Cristo resolve o problema do pecado e da morte.
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O que significa o fato de a morte ter reinado desde Adão até Moisés (Romanos 5:14)?
