Pergunta
O que é o paralelismo sintético na poesia hebraica?
Resposta
Muitos livros do Antigo Testamento foram escritos como poesia. Os livros sapienciais de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão são totalmente poéticos. Os profetas maiores e menores também foram escritos em sua maior parte em forma poética. Como há muita poesia na Bíblia hebraica, é conveniente nos familiarizarmos com os fundamentos da poesia hebraica. O que faz com que um poema hebraico seja poético? Em uma palavra, o paralelismo.
Em nosso idioma, o paralelismo é a repetição de certas partes da frase para efeito retórico. O português usa o paralelismo com bastante frequência, como no provérbio "tal pai, tal filho". As palavras de A. A. Milne: "Você é mais corajoso do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que pensa", também exibem paralelismo em suas três orações. No idioma hebraico do Antigo Testamento, o paralelismo vai além da simples forma gramatical e inclui a repetição do pensamento.
Considere duas linhas de poesia. No paralelismo sinônimo, a ideia da segunda linha é uma reafirmação da ideia da primeira linha (ver Provérbios 18:7). No paralelismo antitético, a ideia da segunda linha é o oposto da ideia da primeira linha (ver Provérbios 18:23). No paralelismo sintético, que não é de fato um paralelismo, os pensamentos relacionados são reunidos para enfatizar semelhanças, contrastes ou outras correlações.
Um tipo de paralelismo sintético simplesmente classifica certos comportamentos ou traços. Por exemplo, Provérbios 21:4 classifica três características de um coração perverso:
"Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado."
Outro tipo de paralelismo sintético apresenta uma ação lado a lado com outra ação de maior (ou menor) consequência. Provérbios 21:27 é um exemplo:
"O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!"
Esse versículo pega uma ação pecaminosa - oferecer um sacrifício com um coração perverso - e a compara a um pecado ainda maior - oferecer o sacrifício com o propósito expresso de pecar! É um argumento de "menor que" para "maior que".
Outro tipo de paralelismo sintético envolve a fórmula "melhor isto do que aquilo". Por exemplo, considere Eclesiastes 7:5:
"Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo."
As canções geralmente são agradáveis de ouvir, e geralmente não gostamos de ser repreendidos, mas se tivermos que escolher entre a canção de um tolo e a repreensão de um homem sábio, sempre escolheremos a repreensão. A orientação adequada é valiosa; nenhuma quantidade de entretenimento pode compensar um conselho ruim.
Como o paralelismo sintético é uma categoria tão ampla, há muitos outros tipos que poderiam ser identificados. Basicamente, quando a estrutura da poesia não é sinônima ou antitética, ela pode ser considerada sintética.
Em nosso idioma, o paralelismo é a repetição de certas partes da frase para efeito retórico. O português usa o paralelismo com bastante frequência, como no provérbio "tal pai, tal filho". As palavras de A. A. Milne: "Você é mais corajoso do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que pensa", também exibem paralelismo em suas três orações. No idioma hebraico do Antigo Testamento, o paralelismo vai além da simples forma gramatical e inclui a repetição do pensamento.
Considere duas linhas de poesia. No paralelismo sinônimo, a ideia da segunda linha é uma reafirmação da ideia da primeira linha (ver Provérbios 18:7). No paralelismo antitético, a ideia da segunda linha é o oposto da ideia da primeira linha (ver Provérbios 18:23). No paralelismo sintético, que não é de fato um paralelismo, os pensamentos relacionados são reunidos para enfatizar semelhanças, contrastes ou outras correlações.
Um tipo de paralelismo sintético simplesmente classifica certos comportamentos ou traços. Por exemplo, Provérbios 21:4 classifica três características de um coração perverso:
"Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado."
Outro tipo de paralelismo sintético apresenta uma ação lado a lado com outra ação de maior (ou menor) consequência. Provérbios 21:27 é um exemplo:
"O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!"
Esse versículo pega uma ação pecaminosa - oferecer um sacrifício com um coração perverso - e a compara a um pecado ainda maior - oferecer o sacrifício com o propósito expresso de pecar! É um argumento de "menor que" para "maior que".
Outro tipo de paralelismo sintético envolve a fórmula "melhor isto do que aquilo". Por exemplo, considere Eclesiastes 7:5:
"Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo."
As canções geralmente são agradáveis de ouvir, e geralmente não gostamos de ser repreendidos, mas se tivermos que escolher entre a canção de um tolo e a repreensão de um homem sábio, sempre escolheremos a repreensão. A orientação adequada é valiosa; nenhuma quantidade de entretenimento pode compensar um conselho ruim.
Como o paralelismo sintético é uma categoria tão ampla, há muitos outros tipos que poderiam ser identificados. Basicamente, quando a estrutura da poesia não é sinônima ou antitética, ela pode ser considerada sintética.