Pergunta
O que é hipérbole? Quais são alguns exemplos de hipérbole na Bíblia?
Resposta
A hipérbole é um exagero extremo, geralmente empregado para dar ênfase. Expressões hiperbólicas são um tipo de linguagem figurativa e são bastante comuns em conversas cotidianas. Declarações como "Estou com tanta fome que poderia comer um cavalo", "Ela esperou uma eternidade" e "Chorei rios de lágrimas" são exemplos de hipérbole.
Para ser considerado uma hipérbole, um exagero deve ser estranho a ponto de ser ridículo. A afirmação "Entrei na sala e encontrei outras vinte pessoas amontoadas" pode ser literal - havia realmente vinte pessoas presentes -, mas também pode ser um exagero - talvez houvesse apenas quinze pessoas lá. Para tornar a afirmação realmente hiperbólica, e não apenas um exagero, poderíamos dizer: "Entrei na sala e encontrei um milhão de outras pessoas amontoadas". Obviamente, essa declaração não tem a intenção de ser tomada literalmente; é uma hipérbole.
A hipérbole é frequentemente encontrada na literatura, quando um autor quer aumentar o efeito de suas palavras. A hipérbole pode acrescentar vibração e magnitude a qualquer texto. A hipérbole na literatura pode produzir um efeito sério ou cômico, ou pode ser usada para fins satíricos ou irônicos. Exemplos de hipérbole usada como dispositivo literário incluem o seguinte:
- "Milhares e milhares de tubarões, enxameando em volta do leviatã morto, banqueteavam-se com sua gordura" (Herman Melville, Moby Dick).
- "O banheiro masculino tinha bactérias que poderiam ser usadas em um rodeio" (Dave Barry, "Batting Clean-up and Striking Out").
- "Não havia pressa, pois não havia para onde ir, nada para comprar e nenhum dinheiro para comprar, nada para ver fora dos limites do condado de Maycomb" (Harper Lee, To Kill a Mockingbird).
- "Eu estava tremendo da cabeça aos pés e poderia ter pendurado meu chapéu nos olhos, de tão salientes que estavam" (Mark Twain, Old Times on the Mississippi).
Como um artifício retórico, a hipérbole é frequentemente usada para enfatizar a importância (ou não importância) de um ponto ou simplesmente para despertar interesse. Os exemplos de hipérbole nas Escrituras servem a um propósito retórico. A hipérbole na Bíblia foi descrita de forma sucinta por E. W. Bullinger como "quando se diz mais do que se quer dizer literalmente" (Figures of Speech Used in the Bible, Baker, 1968, p. 423).
Aqui estão vários exemplos de hipérbole no ensino de Jesus:
"Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho?" (Lucas 6:41).
A imagem marcante de Jesus de uma "trave" (ou uma "viga de madeira" ou um "grande tronco") no olho é um exagero óbvio para enfatizar nossa tendência de criticar os outros enquanto estamos cegos para nossas próprias falhas.
"É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus" (Marcos 10:25).
O ponto da hipérbole de Jesus é que a riqueza monetária torna extremamente difícil enxergar a necessidade espiritual de alguém.
"Se o seu olhodireito leva você a tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que ter o corpo inteiro lançado no inferno. E, se a sua mão direita leva você a tropeçar, corte-a e jogue-a fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno" (Mateus 5:29-30).
O Senhor não está literalmente aconselhando ninguém a amputar as mãos ou arrancar os olhos; Ele está usando uma hipérbole para enfatizar a importância de evitar o pecado.
"Mas, ao dar esmola, que a sua mão esquerda ignore o que a mão direita está fazendo" (Mateus 6:3).
Não é possível que uma mão não saiba o que a outra está fazendo, portanto, as palavras de Jesus são obviamente hiperbólicas, enfatizando a necessidade de motivos altruístas.
Alguns outros exemplos de hipérbole na Bíblia são os seguintes:
"Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles" (Números 13:33).
Os dez espiões infiéis enviados a Canaã usaram a hipérbole para convencer seus ouvintes a não entrar na Terra Prometida.
"Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos, que atiravam com a funda e eram capazes de acertar uma pedra num fio de cabelo, sem nunca errar" (Juízes 20:16).
Não é que esses atiradores pudessem literalmente acertar um único fio de cabelo; ao contrário, essas tropas eram atiradores excepcionalmente bons.
"E toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam até ele. E, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão" (Marcos 1:5).
João Batista era amplamente conhecido, e sua influência era sentida em toda a Judeia. A afirmação de que todos em Jerusalém foram batizados por João é que é hiperbólica.
"Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos" (João 21:25).
Essa bela e comovente declaração no final do Evangelho de João é um exemplo óbvio de hipérbole. Com essas palavras, João "pretendia fazer com que seu leitor soubesse que, mesmo agora que havia terminado, ele sentia que seus materiais estavam tão longe de se esgotar, que ele ainda estava se excedendo, e poderia multiplicar os 'Evangelhos' em quase qualquer extensão dentro dos limites estritos do que 'Jesus fez'" (Jamieson, Fausset e Brown, A Commentary, Critical, Practical, and Explanatory on the Old and New Testaments, 1885).
Como acontece com qualquer figura de linguagem, a hipérbole precisa ser reconhecida pelo que é, para que não a tomemos literalmente. Um dispositivo retórico útil, a hipérbole aumenta a intensidade das advertências da Bíblia, ajuda nossa compreensão e acrescenta uma complexidade fascinante a um texto já rico.
Para ser considerado uma hipérbole, um exagero deve ser estranho a ponto de ser ridículo. A afirmação "Entrei na sala e encontrei outras vinte pessoas amontoadas" pode ser literal - havia realmente vinte pessoas presentes -, mas também pode ser um exagero - talvez houvesse apenas quinze pessoas lá. Para tornar a afirmação realmente hiperbólica, e não apenas um exagero, poderíamos dizer: "Entrei na sala e encontrei um milhão de outras pessoas amontoadas". Obviamente, essa declaração não tem a intenção de ser tomada literalmente; é uma hipérbole.
A hipérbole é frequentemente encontrada na literatura, quando um autor quer aumentar o efeito de suas palavras. A hipérbole pode acrescentar vibração e magnitude a qualquer texto. A hipérbole na literatura pode produzir um efeito sério ou cômico, ou pode ser usada para fins satíricos ou irônicos. Exemplos de hipérbole usada como dispositivo literário incluem o seguinte:
- "Milhares e milhares de tubarões, enxameando em volta do leviatã morto, banqueteavam-se com sua gordura" (Herman Melville, Moby Dick).
- "O banheiro masculino tinha bactérias que poderiam ser usadas em um rodeio" (Dave Barry, "Batting Clean-up and Striking Out").
- "Não havia pressa, pois não havia para onde ir, nada para comprar e nenhum dinheiro para comprar, nada para ver fora dos limites do condado de Maycomb" (Harper Lee, To Kill a Mockingbird).
- "Eu estava tremendo da cabeça aos pés e poderia ter pendurado meu chapéu nos olhos, de tão salientes que estavam" (Mark Twain, Old Times on the Mississippi).
Como um artifício retórico, a hipérbole é frequentemente usada para enfatizar a importância (ou não importância) de um ponto ou simplesmente para despertar interesse. Os exemplos de hipérbole nas Escrituras servem a um propósito retórico. A hipérbole na Bíblia foi descrita de forma sucinta por E. W. Bullinger como "quando se diz mais do que se quer dizer literalmente" (Figures of Speech Used in the Bible, Baker, 1968, p. 423).
Aqui estão vários exemplos de hipérbole no ensino de Jesus:
"Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho?" (Lucas 6:41).
A imagem marcante de Jesus de uma "trave" (ou uma "viga de madeira" ou um "grande tronco") no olho é um exagero óbvio para enfatizar nossa tendência de criticar os outros enquanto estamos cegos para nossas próprias falhas.
"É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus" (Marcos 10:25).
O ponto da hipérbole de Jesus é que a riqueza monetária torna extremamente difícil enxergar a necessidade espiritual de alguém.
"Se o seu olhodireito leva você a tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que ter o corpo inteiro lançado no inferno. E, se a sua mão direita leva você a tropeçar, corte-a e jogue-a fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno" (Mateus 5:29-30).
O Senhor não está literalmente aconselhando ninguém a amputar as mãos ou arrancar os olhos; Ele está usando uma hipérbole para enfatizar a importância de evitar o pecado.
"Mas, ao dar esmola, que a sua mão esquerda ignore o que a mão direita está fazendo" (Mateus 6:3).
Não é possível que uma mão não saiba o que a outra está fazendo, portanto, as palavras de Jesus são obviamente hiperbólicas, enfatizando a necessidade de motivos altruístas.
Alguns outros exemplos de hipérbole na Bíblia são os seguintes:
"Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles" (Números 13:33).
Os dez espiões infiéis enviados a Canaã usaram a hipérbole para convencer seus ouvintes a não entrar na Terra Prometida.
"Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos, que atiravam com a funda e eram capazes de acertar uma pedra num fio de cabelo, sem nunca errar" (Juízes 20:16).
Não é que esses atiradores pudessem literalmente acertar um único fio de cabelo; ao contrário, essas tropas eram atiradores excepcionalmente bons.
"E toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam até ele. E, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão" (Marcos 1:5).
João Batista era amplamente conhecido, e sua influência era sentida em toda a Judeia. A afirmação de que todos em Jerusalém foram batizados por João é que é hiperbólica.
"Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos" (João 21:25).
Essa bela e comovente declaração no final do Evangelho de João é um exemplo óbvio de hipérbole. Com essas palavras, João "pretendia fazer com que seu leitor soubesse que, mesmo agora que havia terminado, ele sentia que seus materiais estavam tão longe de se esgotar, que ele ainda estava se excedendo, e poderia multiplicar os 'Evangelhos' em quase qualquer extensão dentro dos limites estritos do que 'Jesus fez'" (Jamieson, Fausset e Brown, A Commentary, Critical, Practical, and Explanatory on the Old and New Testaments, 1885).
Como acontece com qualquer figura de linguagem, a hipérbole precisa ser reconhecida pelo que é, para que não a tomemos literalmente. Um dispositivo retórico útil, a hipérbole aumenta a intensidade das advertências da Bíblia, ajuda nossa compreensão e acrescenta uma complexidade fascinante a um texto já rico.