Pergunta
O que significa ser cerimonialmente impuro?
Resposta
Os conceitos de "limpo" e "impuro" são predominantes na Bíblia, na maioria das vezes em contextos cerimoniais ou ritualísticos. A limpeza cerimonial era a remoção da impureza que resultava em alguém ou algo ser declarado "puro" em um sentido formal e religioso. Ser cerimonialmente impuro era estar contaminado de alguma forma ou causar contaminação em outra coisa.
De acordo com a Lei do Antigo Testamento, os animais eram "limpos" ou "impuros" com base em sua adequação ao sacrifício e à alimentação (Levítico 11). Os lugares podiam ser cerimonialmente "limpos" ou "impuros" (Números 19:9; Levítico 14:44; Neemias 13:9), e o mesmo acontecia com as coisas (Levítico 11:32-35) e as pessoas (Levítico 17:15; 22:6; Esdras 6:20). Nos evangelhos, Jesus associou a purificação cerimonial à purificação real e física da doença, dizendo a um leproso: "Fique limpo!" (Lucas 5:13) e depois: "Mas vá, apresente-se ao sacerdote e ofereça pela purificação o sacrifício que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo" (versículo 14). Dessa forma, Jesus provou ser a fonte da verdadeira purificação.
De acordo com a Lei Mosaica, uma pessoa podia se tornar cerimonialmente impura por vários motivos. Aqueles que eram cerimonialmente impuros eram separados da adoração no templo de Deus, e qualquer pessoa ou coisa que tocassem também se tornava impura. O tempo em que a pessoa permanecia impura - um dia, uma semana, quarenta ou cinquenta dias - dependia da causa da impureza, e Deus providenciava rituais de purificação para restaurar a pureza.
Deus separou o Seu povo escolhido, Israel, de todas as outras nações. Por ser o Seu próprio povo, o Senhor ordenou: "Sejam santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo e os separei dos outros povos, para que sejam meus" (Levítico 20:26). A distinção entre animais, práticas e condições que eram limpas e impuras era uma parte essencial da manutenção do relacionamento de Israel com um Deus santo.
Algumas práticas que levavam uma pessoa a se tornar cerimonialmente impura eram as seguintes:
1. Parto (Levítico 12:1-2, 5)
2. Doenças infecciosas, como a lepra (Levítico 13:9-11)
3. Descargas corporais incomuns (Levítico 15:2-15)
4. Descargas corporais relacionadas à reprodução - por exemplo, a emissão de sêmen por um homem (Levítico 15:16-18) e o ciclo menstrual de uma mulher (Levítico 15:19-30)
5. Tocar em um cadáver (Números 19:11)
6. Manusear as cinzas de uma novilha vermelha usadas na água de purificação (Números 19:1-10)
7. Entrar em contato com qualquer pessoa ou coisa que fosse impura (Levítico 5:3)
Algumas das leis relacionadas à impureza cerimonial parecem estar relacionadas à saúde pública e à higiene, como as leis que tratam de doenças de pele, crescimento de mofo e secreções corporais. O entendimento de que havia uma distinção entre "o santo e o profano e entre o impuro e o puro" (Levítico 10:10) não apenas diferenciava os israelitas das outras nações, mas servia como um lembrete visceral da santidade de Deus e do pecado da humanidade. A impureza cerimonial fazia com que a pessoa percebesse que precisava de limpeza e purificação para se aproximar do Senhor. Os israelitas impuros eram separados da adoração no templo por um tempo, um símbolo de sua impureza espiritual diante de Deus. Para ficarem limpos, eles tinham de esperar um período de tempo, lavar-se e, na maioria das vezes, oferecer sacrifícios (Números 19:11-12; Levítico 14:19).
No Novo Testamento, os fariseus eram escrupulosos ao fazer distinções entre impuros e limpos, mas não entendiam o cerne dos mandamentos de Deus. Por exemplo, os fariseus davam grande ênfase à lavagem cerimonial antes das refeições e repreendiam abertamente os discípulos de Jesus por não se purificarem dessa forma (Mateus 15:2; Marcos 7:2-4). Jesus respondeu à repreensão anunciando à multidão que "o que contamina a pessoa não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca; isto, sim, contamina a pessoa" (Mateus 15:11).
Com o passar do tempo, os líderes religiosos judeus acrescentaram suas próprias tradições e regulamentos à Lei Mosaica. Quando os fariseus repreenderam os discípulos de Jesus por quebrarem as tradições dos anciãos, Jesus respondeu: "Por que também vocês transgridem o mandamento de Deus, por causa da tradição de vocês?... Hipócritas! Bem profetizou Isaías a respeito de vocês, dizendo: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos humanos'" (Mateus 15:3, 7-9). Ao procurarem se manter livres da impureza cerimonial, os fariseus negligenciaram a necessidade maior de purificação espiritual do pecado. Eles se consideravam "limpos" por cumprirem a lei e rejeitavam o único que poderia realmente torná-los limpos diante de Deus.
As Escrituras usam o conceito de limpo versus impuro como uma ilustração da posição espiritual de uma pessoa. Deus é santo e exige pureza daqueles que se aproximam dEle:
"Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. . . Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve" (Salmo 51:2, 7).
"Quem poderá dizer: 'Purifiquei o meu coração; estou limpo do meu pecado'?" (Provérbios 20:9).
"Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento" (Isaías 64:6).
"Então aspergirei água pura sobre vocês, e vocês ficarão purificados. Eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos" (Ezequiel 36:25).
"Alguns de vocês eram assim. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:11).
"Ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito 3:5).
"Aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura" (Hebreus 10:22).
Observe que em todas as passagens citadas acima, a purificação vem de Deus. O que precisamos não é de uma limpeza externa e ritualística; precisamos de um coração que tenha sido espiritualmente purificado do pecado.
Quando Jesus andou pela Terra, Ele nos mostrou a santidade de Deus que é capaz de superar nossa impureza inata. Jesus tocou um leproso impuro; em vez de se tornar impuro com esse toque, Jesus tornou o leproso limpo (Marcos 1:40-42). Uma mulher, cerimonialmente impura devido a um fluxo de sangue, tocou a borda do manto de Jesus; em vez de tornar Jesus impuro, a mulher foi curada instantaneamente (Lucas 8:43-48). Nesses milagres, Jesus provou o Seu poder sobre tudo o que nos torna impuros. A Sua pureza é maior do que a nossa impureza.
Jesus Cristo "nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados" (Apocalipse 1:5). Essa é a lavagem que nos torna verdadeiramente limpos: "Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:13-14).
Agora que fomos purificados pela fé (Atos 15:9), "temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hebreus 10:10). Não precisamos mais nos preocupar com a limpeza cerimonial ou com a impureza cerimonial. Para o crente do Novo Testamento, "todo alimento é puro" (Romanos 14:20), e devemos estar "persuadidos, no Senhor Jesus, de que nada é impuro em si mesmo" (Romanos 14:14). Cristo nos levou além dos regulamentos que diziam: "Não toque, não coma, não pegue" (Colossenses 2:21).
Por meio do ato de transformar a água usada para a lavagem cerimonial em vinho, Jesus mostrou como uma nova aliança estava sendo iniciada, que era melhor do que a antiga (João 2:6-11). O sacrifício de Cristo é a base para a nossa purificação do pecado e de toda impureza (veja Apocalipse 7:13-14).
De acordo com a Lei do Antigo Testamento, os animais eram "limpos" ou "impuros" com base em sua adequação ao sacrifício e à alimentação (Levítico 11). Os lugares podiam ser cerimonialmente "limpos" ou "impuros" (Números 19:9; Levítico 14:44; Neemias 13:9), e o mesmo acontecia com as coisas (Levítico 11:32-35) e as pessoas (Levítico 17:15; 22:6; Esdras 6:20). Nos evangelhos, Jesus associou a purificação cerimonial à purificação real e física da doença, dizendo a um leproso: "Fique limpo!" (Lucas 5:13) e depois: "Mas vá, apresente-se ao sacerdote e ofereça pela purificação o sacrifício que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo" (versículo 14). Dessa forma, Jesus provou ser a fonte da verdadeira purificação.
De acordo com a Lei Mosaica, uma pessoa podia se tornar cerimonialmente impura por vários motivos. Aqueles que eram cerimonialmente impuros eram separados da adoração no templo de Deus, e qualquer pessoa ou coisa que tocassem também se tornava impura. O tempo em que a pessoa permanecia impura - um dia, uma semana, quarenta ou cinquenta dias - dependia da causa da impureza, e Deus providenciava rituais de purificação para restaurar a pureza.
Deus separou o Seu povo escolhido, Israel, de todas as outras nações. Por ser o Seu próprio povo, o Senhor ordenou: "Sejam santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo e os separei dos outros povos, para que sejam meus" (Levítico 20:26). A distinção entre animais, práticas e condições que eram limpas e impuras era uma parte essencial da manutenção do relacionamento de Israel com um Deus santo.
Algumas práticas que levavam uma pessoa a se tornar cerimonialmente impura eram as seguintes:
1. Parto (Levítico 12:1-2, 5)
2. Doenças infecciosas, como a lepra (Levítico 13:9-11)
3. Descargas corporais incomuns (Levítico 15:2-15)
4. Descargas corporais relacionadas à reprodução - por exemplo, a emissão de sêmen por um homem (Levítico 15:16-18) e o ciclo menstrual de uma mulher (Levítico 15:19-30)
5. Tocar em um cadáver (Números 19:11)
6. Manusear as cinzas de uma novilha vermelha usadas na água de purificação (Números 19:1-10)
7. Entrar em contato com qualquer pessoa ou coisa que fosse impura (Levítico 5:3)
Algumas das leis relacionadas à impureza cerimonial parecem estar relacionadas à saúde pública e à higiene, como as leis que tratam de doenças de pele, crescimento de mofo e secreções corporais. O entendimento de que havia uma distinção entre "o santo e o profano e entre o impuro e o puro" (Levítico 10:10) não apenas diferenciava os israelitas das outras nações, mas servia como um lembrete visceral da santidade de Deus e do pecado da humanidade. A impureza cerimonial fazia com que a pessoa percebesse que precisava de limpeza e purificação para se aproximar do Senhor. Os israelitas impuros eram separados da adoração no templo por um tempo, um símbolo de sua impureza espiritual diante de Deus. Para ficarem limpos, eles tinham de esperar um período de tempo, lavar-se e, na maioria das vezes, oferecer sacrifícios (Números 19:11-12; Levítico 14:19).
No Novo Testamento, os fariseus eram escrupulosos ao fazer distinções entre impuros e limpos, mas não entendiam o cerne dos mandamentos de Deus. Por exemplo, os fariseus davam grande ênfase à lavagem cerimonial antes das refeições e repreendiam abertamente os discípulos de Jesus por não se purificarem dessa forma (Mateus 15:2; Marcos 7:2-4). Jesus respondeu à repreensão anunciando à multidão que "o que contamina a pessoa não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca; isto, sim, contamina a pessoa" (Mateus 15:11).
Com o passar do tempo, os líderes religiosos judeus acrescentaram suas próprias tradições e regulamentos à Lei Mosaica. Quando os fariseus repreenderam os discípulos de Jesus por quebrarem as tradições dos anciãos, Jesus respondeu: "Por que também vocês transgridem o mandamento de Deus, por causa da tradição de vocês?... Hipócritas! Bem profetizou Isaías a respeito de vocês, dizendo: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos humanos'" (Mateus 15:3, 7-9). Ao procurarem se manter livres da impureza cerimonial, os fariseus negligenciaram a necessidade maior de purificação espiritual do pecado. Eles se consideravam "limpos" por cumprirem a lei e rejeitavam o único que poderia realmente torná-los limpos diante de Deus.
As Escrituras usam o conceito de limpo versus impuro como uma ilustração da posição espiritual de uma pessoa. Deus é santo e exige pureza daqueles que se aproximam dEle:
"Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. . . Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve" (Salmo 51:2, 7).
"Quem poderá dizer: 'Purifiquei o meu coração; estou limpo do meu pecado'?" (Provérbios 20:9).
"Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento" (Isaías 64:6).
"Então aspergirei água pura sobre vocês, e vocês ficarão purificados. Eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos" (Ezequiel 36:25).
"Alguns de vocês eram assim. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:11).
"Ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito 3:5).
"Aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura" (Hebreus 10:22).
Observe que em todas as passagens citadas acima, a purificação vem de Deus. O que precisamos não é de uma limpeza externa e ritualística; precisamos de um coração que tenha sido espiritualmente purificado do pecado.
Quando Jesus andou pela Terra, Ele nos mostrou a santidade de Deus que é capaz de superar nossa impureza inata. Jesus tocou um leproso impuro; em vez de se tornar impuro com esse toque, Jesus tornou o leproso limpo (Marcos 1:40-42). Uma mulher, cerimonialmente impura devido a um fluxo de sangue, tocou a borda do manto de Jesus; em vez de tornar Jesus impuro, a mulher foi curada instantaneamente (Lucas 8:43-48). Nesses milagres, Jesus provou o Seu poder sobre tudo o que nos torna impuros. A Sua pureza é maior do que a nossa impureza.
Jesus Cristo "nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados" (Apocalipse 1:5). Essa é a lavagem que nos torna verdadeiramente limpos: "Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:13-14).
Agora que fomos purificados pela fé (Atos 15:9), "temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hebreus 10:10). Não precisamos mais nos preocupar com a limpeza cerimonial ou com a impureza cerimonial. Para o crente do Novo Testamento, "todo alimento é puro" (Romanos 14:20), e devemos estar "persuadidos, no Senhor Jesus, de que nada é impuro em si mesmo" (Romanos 14:14). Cristo nos levou além dos regulamentos que diziam: "Não toque, não coma, não pegue" (Colossenses 2:21).
Por meio do ato de transformar a água usada para a lavagem cerimonial em vinho, Jesus mostrou como uma nova aliança estava sendo iniciada, que era melhor do que a antiga (João 2:6-11). O sacrifício de Cristo é a base para a nossa purificação do pecado e de toda impureza (veja Apocalipse 7:13-14).