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Pergunta

Como Jesus cumpriu os significados das festas judaicas?

Resposta


A maneira pela qual Jesus cumpriu as festas judaicas é um estudo fascinante. Nas Escrituras Hebraicas, o profeta judeu Amós registra que Deus declarou que não faria nada sem antes revelar aos Seus servos, os profetas (Amós 3:7). Da Antiga Aliança à Nova Aliança, de Gênesis a Apocalipse, Deus fornece uma imagem após a outra de todo o Seu plano para a humanidade, e uma das imagens proféticas mais surpreendentes está delineada para nós nas festas judaicas de Levítico 23.

A palavra hebraica para "festas" (moadim) significa literalmente "tempos determinados". Deus planejou e orquestrou cuidadosamente o momento e a sequência de cada uma dessas sete festas para nos revelar uma história especial. As sete festas anuais de Israel eram distribuídas ao longo de sete meses do calendário judaico, em horários determinados por Deus. Elas ainda são celebradas pelos judeus praticantes hoje em dia. Mas tanto para os judeus quanto para os não judeus que depositaram sua fé em Jesus, o Messias judeu, esses dias especiais demonstram a obra de redenção por meio do Filho de Deus.

As primeiras quatro das sete festas ocorrem durante a primavera (Páscoa, Pães Ázimos, Primícias e Semanas), e todas elas já foram cumpridas por Cristo no Novo Testamento. As três últimas festas (Trombetas, Dia da Expiação e Tabernáculos) ocorrem durante o outono, todas em um curto período de quinze dias.

Muitos estudiosos e comentaristas da Bíblia acreditam que essas festas de outono ainda não foram cumpridas por Jesus. No entanto, a "bendita esperança" (Tito 2:13) para todos os crentes em Jesus Cristo é que elas certamente serão cumpridas. Assim como as quatro festas da primavera foram cumpridas literalmente e exatamente no dia da festa em relação à primeira vinda de Cristo, acredita-se que essas três festas de outono também serão cumpridas literalmente em relação à segunda vinda do Senhor.

Em resumo, aqui está o significado profético de cada uma das sete festas levíticas de Israel:

1) Páscoa (Levítico 23:5) - Apontava para o Messias como nosso cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7), cujo sangue seria derramado por nossos pecados. Jesus foi crucificado durante o período em que a Páscoa era celebrada (Marcos 14:12). Cristo é um "cordeiro sem mancha ou defeito" (1 Pedro 1:19) porque Sua vida foi completamente livre de pecado (Hebreus 4:15). Assim como a primeira Páscoa marcou a libertação dos hebreus da escravidão egípcia, a morte de Cristo marca a nossa libertação da escravidão do pecado (Romanos 8:2).

2) Pães Ázimos (Levítico 23:6) - Apontava para a vida sem pecado do Messias (já que o fermento é uma imagem do pecado na Bíblia), tornando-o o sacrifício perfeito pelos nossos pecados. O corpo de Jesus estava na sepultura durante os primeiros dias dessa festa, como um grão de trigo plantado e esperando para brotar como o pão da vida.

3) Primícias (Levítico 23:10) - Apontava para a ressurreição do Messias como as primícias dos justos. Jesus ressuscitou nesse mesmo dia, o que é uma das razões pelas quais Paulo se refere a ele em 1 Coríntios 15:20 como as "primícias dentre os mortos".

4) Semanas ou Pentecostes (Levítico 23:16) - Ocorria cinquenta dias após o início da Festa dos Pães Ázimos e apontava para a grande colheita de almas e o dom do Espírito Santo para judeus e gentios, que seriam trazidos para o reino de Deus durante a Era da Igreja (veja Atos 2). A Igreja foi de fato estabelecida nesse dia, quando Deus derramou Seu Espírito Santo e 3.000 judeus responderam ao grande sermão de Pedro e à sua primeira proclamação do evangelho.

5) Trombetas (Levítico 23:24) - A primeira das festas de outono. Muitos acreditam que esse dia aponta para o Arrebatamento da Igreja, quando o Messias Jesus aparecerá nos céus ao vir buscar Sua noiva, a Igreja. O Arrebatamento está sempre associado nas Escrituras ao toque de uma trombeta alta (1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:52).

6) Dia da Expiação (Levítico 23:27) - Muitos acreditam que isso aponta profeticamente para o dia da Segunda Vinda de Jesus, quando Ele retornará à Terra. Esse será o Dia da Expiação para o remanescente judeu quando eles "olharem para Aquele a quem traspassaram", arrependerem-se de seus pecados e O receberem como seu Messias (Zacarias 12:10 e Romanos 11:1-6, 25-36).

7) Tabernáculos ou cabanas (Levítico 23:34) - Muitos estudiosos acreditam que esse dia de festa aponta para a promessa do Senhor de que Ele voltará a "tabernacular" com Seu povo quando retornar para reinar sobre todo o mundo (Miquéias 4:1-7).

Os cristãos devem comemorar esses dias de festa levítica de Israel hoje? O fato de um cristão celebrar ou não os dias de festa judaicos seria uma questão de consciência para cada cristão. Colossenses 2:16-17 nos diz: "Portanto, que ninguém julgue vocês por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Os cristãos não são obrigados a observar as festas judaicas da mesma forma que um judeu do Antigo Testamento, mas não devemos criticar outro crente que observa ou não esses dias e festas especiais (Romanos 14:5).

Embora não seja obrigatório que os cristãos celebrem as festas judaicas, é benéfico estudá-las. Certamente, pode ser benéfico celebrar esses dias se isso nos levar a uma maior compreensão e apreciação da morte e ressurreição de Cristo e da promessa futura de Sua vinda. Como cristãos, se optarmos por celebrar esses dias especiais, devemos colocar Cristo no centro da celebração, como Aquele que veio para cumprir o significado profético de cada um deles.

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