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Pergunta

Deus é uma ilusão?

Resposta


A ideia de que Deus é uma ilusão é promovida por Richard Dawkins, o principal apóstolo do ateísmo no mundo. Dawkins tem sido Professor do Entendimento Público da Ciência na Universidade de Oxford desde 1996. No seu livro de 2006, A Desilusão de Deus, Dawkins rotula Deus e a crença em Deus como "ilusões". Dawkins é um escritor talentoso, e sua posição em uma importante universidade no mundo de língua inglesa lhe confere grande prestígio em círculos intelectuais, culturais e políticos. Seu ateísmo é feroz. A capa de A Desilusão de Deus chama o Deus do Antigo Testamento de "um tirano obcecado por sexo" e o deus deísta do Iluminismo do século XVIII de "um Relojoeiro Celestial mais benigno (mas ainda ilógico)". A crença em Deus, segundo Dawkins, subverte a ciência e o conhecimento, cria ignorância, promove a intolerância e abusa das crianças. Tudo isso acontece pela simples razão de que Deus é uma ilusão. Segundo Dawkins, não só os "fundamentalistas" são pouco inteligentes por "saberem que estão certos porque leram a verdade num livro sagrado", mas até mesmo a moderação na fé, segundo Dawkins, "alimenta o fanatismo".

Existem muitas respostas inteligentes à afirmação de Dawkins de que Deus é uma ilusão e à sua cruzada contra todas as coisas religiosas. Dawkins afirma com convicção que Deus é uma ilusão, mas a Bíblia afirma com a mesma convicção que Deus não é uma ilusão. O Salmo 14:1-3, por exemplo, diz: "O insensato diz no seu coração: Deus não existe." Os insensatos que negam a existência de Deus são corruptos, assim como também as suas obras. Porque o seu entendimento também está corrompido, “não há quem busque a Deus”. Nota-se que a Bíblia e Dawkins são diretamente opostos um ao outro. Dawkins diz que não há Deus e que as pessoas que acreditam em Deus fazem coisas terríveis. A Bíblia diz que há um Deus e são as pessoas que negam Deus que fazem coisas terríveis.

Deus não é a ilusão; o ateísmo é. O apóstolo Paulo declara que a razão pela qual as pessoas que negam Deus conseguem obter e manter seguidores tão numerosos, como Dawkins, é que a raça humana em geral está perdida no pecado e na auto-ilusão. As pessoas naturalmente procuram aqueles cuja retórica reflete sua própria auto-ilusão. Aqueles que negam Deus seguem avidamente Dawkins e seus semelhantes porque compartilham um ódio comum por Deus (2 Timóteo 4:3).

A negação de Deus é a verdadeira ilusão, uma ilusão que se estende à visão do ateu de que a humanidade é "boa", apesar das evidências em contrário. Uma avaliação sóbria dos seres humanos reconhece que mentimos, trapaceamos, roubamos, cobiçamos, reclamamos, sentimos inveja, odiamos, esquecemos e que somos descuidados, implacáveis, desrespeitosos, ressentidos e desamorosos. Somos todas essas coisas naturalmente desde o nascimento. É isso que Deus quer dizer quando diz: “Não há quem faça o bem" (Salmo 14:3). É tão óbvio que somos pecadores que é ridículo chamar os seres humanos de "bons".

Ninguém ensina crianças a mentir; elas fazem isso naturalmente. Ninguém ensina os adolescentes a terem desejos insaciáveis; eles fazem isso naturalmente. Ninguém ensina o funcionário a ressentir-se do seu chefe ou a espalhar fofocas maldosas sobre o colega com quem concorre a uma promoção; ele faz isso naturalmente. Ninguém ensina a esposa a criticar injustamente o marido ou o marido a negligenciar a esposa; ambos fazem essas coisas naturalmente. No entanto, no sexto capítulo de A Desilusão de Deus, intitulado "As Raízes da Moralidade: Por Que Somos Bons?", Dawkins explica por que os seres humanos são bons - com base em nada mais que sua própria opinião - apesar do fato de não haver Deus que possa definir o que é "bom". Dawkins não só se opõe diretamente ao ensinamento bíblico, mas também nega o que é óbvio até mesmo para o observador mais casual da natureza e do comportamento humano.

O nono capítulo de A Desilusão de Deus se chama "Infância, Abuso e a Fuga da Religião". Neste capítulo, Dawkins responde a uma pergunta sobre o abuso sexual do clero: "Por pior que tenha sido, sem dúvida, o abuso sexual, o dano talvez tenha sido menor do que o dano psicológico a longo prazo infligido por criar a criança como católica desde o início” (página 317). Os seres humanos são bons, segundo Dawkins, e até mesmo o abuso sexual que eles perpetram é melhor do que uma religião que lhes diz que eles não são bons. Como ele explica o desejo de homens "bons" - sejam eles padres ou não – de abusar sexualmente de crianças é um mistério. A Bíblia, no entanto, explica. Os homens fazem o mal porque seus corações são maus (Mateus 12:35), e a menos que os homens se tornem novas criaturas em Cristo (2 Coríntios 5:17), eles continuarão a fazer o mal porque é a inclinação natural deles (Romanos 3:5-6, 10-11).

O dicionário online Merriam-Webster define ilusão como "algo que é falsamente ou ilusoriamente acreditado ou propagado; uma crença psicótica falsa persistente sobre o eu ou pessoas ou objetos fora do eu que é mantida apesar de evidências irrefutáveis em contrário; também, o estado anormal marcado por tais crenças". A última frase é significativa: a ilusão intelectual e moral tem efeitos permanentes na mente e no coração. Acreditar em mentiras faz com que a mente comece a operar anormalmente e a existir num estado que não é saudável e talvez até perigoso, tanto para si mesma quanto para os outros. É isso que a Bíblia chama de "pecado", e um elemento central do nosso pecado é a nossa ilusão de que Deus não existe.

A Desilusão de Deus foi escrita por um professor de ciências, e deve ser aqui claramente afirmado, dado que o ateísmo frequentemente se apresenta sob a bandeira da ciência, que a ciência não é culpada pelo ateísmo ou por qualquer outro sintoma da pecaminosidade humana. Na verdade, muitos grandes cientistas do passado eram cristãos, acreditando que Deus fez os céus e a terra e estabeleceu as leis pelas quais o mundo natural opera e que os cientistas investigam. A maioria dos "gigantes" da ciência moderna eram cristãos. Eles buscaram um entendimento racional do cosmos porque acreditavam que Deus, que tem uma mente, criou o cosmos de acordo com os princípios de operação racional e matemática que governam a mente humana, que é feita à imagem de Deus (Gênesis 1:27).

A crença em Deus não é uma ilusão. É inerentemente e fundamentalmente racional - uma resposta lógica ao ver a obra de Deus (Salmo 19:1). A crença em Deus é a fonte da verdadeira sabedoria sobre por que os seres humanos fazem coisas más tão frequentemente e tão naturalmente, por que nós trabalhamos tanto para sermos bons e ainda falhamos, e por que Jesus Cristo e somente Ele é a esperança espiritual para a humanidade.

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