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Pergunta

Por que Gálatas 2:21 diz que Cristo pode ter morrido em vão?

Resposta


Em Gálatas 2:21, o apóstolo Paulo escreve: "Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que Cristo morreu em vão". Aqui, Paulo enfatiza a necessidade da graça de Deus e a futilidade do legalismo.

Gálatas 2 começa relatando um confronto entre Paulo e Pedro em Antioquia. Pedro estava se comunicando com cristãos gentios, como era apropriado. Mas quando alguns judeus chegaram à cidade, Pedro se separou dos gentios porque temia críticas (Gálatas 2:11-12). Paulo percebeu a hipocrisia de Pedro e o confrontou publicamente porque as ações de Pedro implicavam que os gentios precisavam adotar as leis e os costumes judaicos para serem aceitos por Deus. Uma mentalidade como a de Pedro prejudicaria o conceito de graça.

Esse incidente levou Paulo a esclarecer o evangelho. Ele escreve: "O homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo... pois por obras da lei ninguém será justificado" (Gálatas 2:16). Ser justificado significa ser declarado justo aos olhos de Deus. A justificação não pode ser alcançada por meio da obediência à lei; é impossível trabalharmos para alcançar a salvação. A justificação só vem por meio da fé em Jesus Cristo.

Paulo não "anula a graça de Deus" (Gálatas 2:21). Fazer isso significaria tratar a graça de Deus como desnecessária ou insuficiente. A graça é o favor imerecido de Deus. Sem ela, não poderíamos ser salvos. Quando os pecadores tentam ser justificados pelas obras, eles dizem indiretamente que a graça de Deus não é suficiente para salvá-los.

Paulo defende a integridade do evangelho. A graça salvadora de Deus em Cristo não é um plano reserva; é o único plano. Rejeitar essa graça em favor da observância da lei nega efetivamente a cruz.

Suponha que a justificação e a justiça pudessem vir por meio da observância da lei. Se isso fosse verdade, "Cristo morreu em vão" (Gálatas 2:21). A encarnação do Filho de Deus, a Sua humilhação e morte foram desnecessárias se pudéssemos nos salvar por nós mesmos. Se tudo o que precisávamos era seguir a lei, então Cristo morreu por nada. Se os pecadores podem se acertar com Deus por meio da observância da lei, a morte de Jesus foi um erro de cálculo tragicamente desnecessário. Paulo defende o oposto: os pecadores não podem se justificar, e a morte de Jesus na cruz foi uma necessidade absoluta.

As Escrituras afirmam repetidamente a necessidade da morte de Jesus para a salvação e a imputação da justiça. Em Romanos 3:20-22, Paulo declara: "Porque ninguém será justificado diante de Deus por obras da lei, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas, agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem. Porque não há distinção". Em outro lugar, Paulo escreve: "Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).

Cristo realizou o que a lei jamais poderia fazer. Ele expiou nossos pecados e concedeu a justiça a todos os que acreditam nEle. Gálatas 3:24 explica que "a lei se tornou nosso guardião para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados pela fé." A justificação pela fé vem exclusivamente por meio do sacrifício único de Cristo (Hebreus 10:10).

Confiar na observância da lei para a justificação é uma negação do evangelho. Intencionalmente ou não, anulamos a cruz ao nos avaliarmos pelo nosso desempenho e não pela graça de Deus. A justificação é uma dádiva, não uma recompensa. Ela é recebida, não alcançada. Cristo não complementa nossos esforços - Ele não morreu para nos salvar em grande parte, deixando que fizéssemos o resto do trabalho. Não, Jesus "também pode salvar totalmente os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hebreus 7:25). Ele é o "autor e consumador da nossa fé" (Hebreus 12:2).

Os crentes devem responder à graça de Deus em Cristo vivendo com gratidão a liberdade que a graça proporciona. Cristo vive em nós (Gálatas 2:20) e nos sustenta pelo Espírito Santo. Isso não se deve às boas obras, mas à Sua graça.

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