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Pergunta

O que é o Texto Crítico?

Resposta


O Texto Crítico é um texto grego do Novo Testamento que se baseia em um grupo de manuscritos gregos antigos e suas variantes em uma tentativa de preservar a redação mais precisa possível. Além do Texto Crítico, algumas traduções da Bíblia em português também se baseiam no Textus Receptus, e em menor grau, no Texto Majoritário.

Até o final do século XIX, o Textus Receptus, ou "texto recebido", era o principal texto grego do qual se derivavam as traduções do Novo Testamento. As versões em português como a Almeida Corrigida Fiel (ACF) e a Almeida Revista e Corrigida (ARC) baseiam-se no Textus Receptus. Em 1881, dois estudiosos proeminentes, Brooke Foss Westcott e Fenton J. A. Hort, imprimiram seu Novo Testamento em grego, mais tarde conhecido como Texto Crítico. Descartando o Textus Receptus como um texto inferior repleto de erros, Westcott e Hort compilaram um novo texto grego, com foco especial em dois manuscritos do século IV, o Codex Vaticanus e o Codex Sinaiticus.

Como resultado do trabalho de Westcott e Hort, o Texto Crítico passou a ser amplamente adotado como base para interpretações e traduções bíblicas modernas ao longo do século XX. Esse texto grego influenciou diretamente a Versão Revisada em inglês (1881) e, posteriormente, a Versão Padrão Americana (ASV, 1901). Atualmente, versões atualizadas e mais refinadas do Texto Crítico — como o Nestle-Aland e o Texto Grego das Sociedades Bíblicas Unidas (UBS) — são a base para a maioria das traduções modernas da Bíblia, tanto em inglês quanto em português. Entre elas estão a Nova Versão Internacional (NVI), a Almeida Revista e Atualizada (ARA), a Nova Almeida Atualizada (NAA) e outras versões contemporâneas amplamente utilizadas.

Embora o Texto Crítico não estivesse isento de falhas, ele foi aceito, de modo geral, como sendo o mais preciso na duplicação do texto original do Novo Testamento. Os estudiosos bíblicos modernos ajustaram e adaptaram as teorias de tradução de Westcott e Hort, que podem ser resumidas em nove regras críticas de interpretação bíblica, incluindo as seguintes:

- É menos provável que a leitura seja original se ela mostrar uma disposição para suavizar as dificuldades.

- As leituras são aprovadas ou rejeitadas em razão da qualidade, e não do número de testemunhas de apoio.

- A leitura preferida explica melhor a existência de outras leituras.

- A leitura preferida faz mais sentido, ou seja, está mais de acordo com a gramática e é mais congruente com o objetivo do restante da frase e do contexto mais amplo.

Com a descoberta de novas evidências de manuscritos, o Texto Crítico foi revisado várias vezes. Atualmente, o texto Nestle-Aland (agora em sua vigésima oitava edição) é o texto crítico de uso comum, juntamente com o Novo Testamento grego publicado pelas Sociedades Bíblicas Unidas (UBS).

Em resumo, o Texto Crítico é um esforço para descobrir a redação dos manuscritos gregos originais do Novo Testamento, comparando/contrastando todos os manuscritos existentes e usando a lógica e a razão para determinar as leituras originais mais prováveis. Embora nenhum esforço humano jamais produza uma cópia absolutamente perfeita dos manuscritos gregos originais do Novo Testamento, o Texto Crítico é muito provavelmente extremamente próximo do que os autores do Novo Testamento escreveram.

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