Pergunta
O que a Bíblia nos diz sobre o sofrimento do tempo presente (Romanos 8:18)?
Resposta
O sofrimento é uma parte inevitável de nossa vida neste mundo caído. Mas a Terra não é o nosso lar permanente (1 Pedro 2:11; Hebreus 11:13). Enquanto aguardamos a eternidade, podemos nos apegar a esta esperança transformadora de vida comunicada pelo apóstolo Paulo: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18).
O sofrimento redentor é o tema de Paulo em Romanos 8:18-27. Por causa da queda da humanidade, tudo na criação foi submetido à maldição de Deus (Romanos 8:20; veja também Gênesis 3:14-19). Junto com todas as outras coisas criadas, os crentes anseiam por sua adoção definitiva e emancipação da maldição (Romanos 8:19). Podemos suportar o sofrimento do tempo presente porque mesmo nossas melhores experiências aqui na Terra não se comparam à glória incomparável de nosso destino futuro e da realidade duradoura no reino eterno de Deus. Quando a maldição do pecado for removida nos novos céus e na nova terra, viveremos "na esperança de que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Romanos 8:21).
As provações de hoje perdem a importância quando comparadas com o cenário da glória do Éden celestial. O apóstolo Pedro afirma: "Aos presbíteros que há entre vocês, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e, ainda, coparticipante da glória que há de ser revelada" (1 Pedro 5:1). Depois de termos "sofrido um pouco", Pedro promete que o próprio Cristo nos restaurará e nos tornará "fortes, firmes e inabaláveis" em Sua glória eterna (1 Pedro 5:10).
Por enquanto, colocamos nossa esperança e confiança em Deus porque "somos guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para ser revelada no último tempo" (1 Pedro 1:5). Paulo testifica que Deus nos dá força para suportar todas as coisas (Filipenses 4:13). E Pedro nos incentiva, em todas as dificuldades, a nos "alegrarmos muito, ainda que agora, por um pouco de tempo, tenhais de sofrer tribulações de toda espécie" (1 Pedro 1:5-6). Mais uma vez, o apóstolo recomenda: "Pelo contrário, alegrem-se na medida em que são coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vocês se alegrem, exultando" (1 Pedro 4:13).
Paulo descreve o sofrimento do tempo presente como "nossas leves e momentâneas tribulações" (2 Coríntios 4:17). Ele equipara a experiência a "gemer como nas dores de parto" (Romanos 8:22). Uma mãe pode passar por um trabalho de parto excruciante acompanhado pela alegre expectativa de abraçar o seu bebê recém-nascido. Nós "gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos" (Romanos 8:23-25).
Paulo descreve os sofrimentos do tempo presente e, em seguida, cristaliza o propósito deles: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação" (2 Coríntios 4:17).
Os primeiros apóstolos sabiam mais do que a maioria de nós jamais saberá sobre o sofrimento do tempo presente. Tanto Pedro quanto Paulo morreram como mártires por sua fé em Jesus Cristo. De acordo com a tradição, Paulo foi decapitado e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo porque se sentiu indigno de morrer da mesma forma que Jesus. No entanto, mesmo que soframos de forma tão violenta quanto esses dois corajosos apóstolos, podemos nos apegar à esperança de um futuro glorioso em que a morte será vencida e a tristeza, o luto e a dor serão todos eliminados (Apocalipse 21:4). Quando entendemos essa promessa indiscutível de Deus, percebemos que os sofrimentos do tempo presente não pesam mais do que uma pena em comparação com o peso eterno e robusto da glória.
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O que a Bíblia nos diz sobre o sofrimento do tempo presente (Romanos 8:18)?
