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Pergunta

Por que seguir a Cristo é tão difícil?

Resposta


Nenhum pai sensato jamais disse: “Gostaria que meus filhos se comportassem mal”, e nunca houve um livro de autoajuda intitulado Como Viver uma Vida Infeliz. Todos nós queremos bênçãos, felicidade e realização, e associamos uma condição feliz a uma certa facilidade. Jesus promete bênção e realização para aqueles que O seguem (João 4:14), mas muitas pessoas ficaram surpresas que o caminho de Cristo não é tão fácil quanto esperavam. Às vezes, seguir a Cristo pode ser muito difícil.

O fato é que bênção e sofrimento não são mutuamente exclusivos. Os discípulos “deixaram tudo” para seguir a Cristo, e o Senhor lhes prometeu “cem vezes mais” bênçãos em troca (Marcos 10:28-30). Jesus advertiu que todos os que O seguem devem negar a si mesmos e carregar uma cruz diária (Lucas 9:23). Dificuldades, com certeza, mas dificuldades com um propósito e que levam à alegria do Senhor.

Os seguidores de Cristo também enfrentam resistência do mundo. “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12). Jesus não prometeu a Seus discípulos que tudo lhes seria fácil; exatamente o oposto – Cristo prometeu que teriam provações neste mundo (João 16:33). “… mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”

As leis morais de Deus foram escritas no coração de cada ser humano – dando a todas as pessoas uma consciência para ajudá-las a distinguir o errado do certo (Romanos 2:14-15). Quando uma pessoa se torna seguidora de Cristo, ela não apenas tem as leis de Deus em seu coração, mas também a habitação do Espírito Santo para compeli-la a viver em retidão (Romanos 8:11). Isso de forma alguma significa que o cristão deixará de pecar, mas que se tornará mais consciente do seu próprio pecado pessoal e terá um desejo genuíno de fazer o que agrada a Cristo (Romanos 8:14-16).

De muitas maneiras, apenas depois que uma pessoa é salva é que a luta contra o pecado realmente esquenta em sua vida. Todas as pessoas nascem com uma natureza inclinada ao pecado, e é por isso que as crianças não precisam ser ensinadas a se comportarem mal – isso vem naturalmente. Quando uma pessoa se converte, a natureza pecaminosa não desaparece – e assim começa o conflito interno na vida de cada crente.

O apóstolo Paulo, que se chamava “servo de Cristo”, escreve sobre a luta com sua natureza pecaminosa em Romanos 7:14-25. No versículo 15 ele diz: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” (Romanos 7:15). Os cristãos engajados nessa batalha têm um desejo verdadeiro de evitar o pecado, mas também têm um desejo natural de satisfazer a carne. Eles ficam frustrados quando se encontram “fazendo o que detestam”. E para complicar ainda mais as coisas, os cristãos não só não querem pecar, mas odeiam o pecado. No entanto, ainda pecam.

Paulo continua a escrever: “Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim” (Romanos 7:17). Paulo está se referindo à dicotomia causada pelo novo nascimento – Paulo é um “novo homem” por meio de Cristo (2 Coríntios 5:17). Mas ele ainda peca porque o pecado ainda está vivo na carne humana – a natureza pecaminosa sobrevive ao novo nascimento (Romanos 7:18). Paulo chama a luta interna de “guerra”, enquanto o novo homem luta contra o velho. Paulo achou a batalha bastante angustiante porque queria fazer o bem (Romanos 7:23). “Desventurado homem que sou”, Paulo clama em sua angústia (Romanos 7:24).

Todo cristão que está tentando viver em retidão é chamado para este campo de batalha por toda a sua vida. Estamos em uma batalha espiritual. Mas em graça e misericórdia, Deus dá ao crente fiel uma armadura completa para a luta (Efésios 6:13).

A vida cristã nunca é fácil, mas as dificuldades não anulam a alegria. Consideramos Jesus, que “em troca da alegria… suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2). Deus nos libertou da escravidão do pecado. A vitória é nossa (2 Coríntios 2:14). Por meio do Espírito Santo, os crentes recebem encorajamento, força para perseverar e lembretes da sua adoção na família de Deus. Sabemos que nossos “sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:18).

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