Pergunta
Quem são os religiosos sem religião?
Resposta
O termo religiosos sem religião (nones em inglês) foi cunhado quando uma pesquisa da Pew Research de 2012 perguntou aos americanos como eles se identificavam religiosamente (www.pewforum.org/2012/10/09/nones-on-the-rise, acessado em 11/8/21). A pesquisa mostrou um aumento de cinco pontos percentuais desde 2007 no número de pessoas que marcaram "nenhum" (como em "sem religião"). Isso levou a pesquisas da Gallup, UC Berkley e Duke University, cada uma confirmando que mais pessoas não estavam escolhendo uma afiliação religiosa. O grupo com a maior porcentagem de "nenhum" foi o da geração do milênio (32%), pessoas com idade entre 18 e 29 anos naquele ano.
Essa descoberta levou analistas sociais e grupos de pesquisa a se aprofundarem nas tendências e nas razões por trás dessa mudança e sua relação com a frequência à igreja, que vinha diminuindo visivelmente em todos os níveis. Pastores, líderes de igrejas e denominações começaram a observar as histórias e as críticas daqueles que marcaram "nenhum". Os que não marcaram "nenhum" comumente alegavam ter frequentado a igreja e lido a Bíblia no passado, além de desconfiarem da autoridade e estarem insatisfeitos com a religião institucionalizada.
Com frequência, há altos e baixos em religiões culturalmente estabelecidas. Na época de Jesus, as autoridades religiosas judaicas (fariseus e saduceus) tinham uma longa lista de coisas a fazer e a não fazer que todo judeu deveria seguir. Isso se tornou um fardo imenso para as pessoas. Jesus curou um homem que não conseguia andar há 38 anos no sábado (João 5:1-18). A lei judaica determinava que nenhum tipo de trabalho deveria ser feito no sábado. Eles não apenas criticaram o homem curado por carregar seu palete, mas também perseguiram Jesus por curar naquele dia.
Os seres humanos muitas vezes pegam o que Deus criou para o bem (como o sábado como um dia de descanso) e acrescentam regras, regulamentos e sistemas extras que Deus nunca pretendeu. Isso ainda acontece hoje e pode levar à desilusão e à frustração das pessoas na igreja. Muitas das reclamações dos "sem religião" podem ter origem em uma abordagem legalista da Bíblia.
A Palavra de Deus deve ser nossa fonte de todo conhecimento e sabedoria (Salmo 119:97-104), guiando-nos em como nos tornarmos mais semelhantes a Jesus. O Evangelho de João nos diz que Jesus é a Palavra (João 1:1-14). Ele se tornou carne e habitou entre nós. Ele também não veio para se livrar das regras divinas, mas para cumpri-las (Mateus 5:17). É a humanidade que leva essas regras para onde elas nunca deveriam ter ido.
Jesus perturbou todo o sistema religioso judaico com Suas palavras e ações. Ele queria que as pessoas conhecessem Deus em toda a Sua bondade, misericórdia e amor (Lucas 19:10). Isso é o que Ele ainda quer hoje para Sua igreja (João 17:20-26).
Os jovens adultos "sem religião" de hoje podem ter marcado uma caixa que não os associa a uma determinada religião ou rótulo, mas uma pesquisa mais aprofundada revelou o seguinte: "Esse é o grupo com maior probabilidade de dizer que ama Jesus, mas não a igreja - ou que é 'espiritual, mas não religioso'. Eles podem parecer errantes, mas nunca afirmariam ter perdido a fé" (www.barna.com/research/three-spiritual-journeys-of-millennials, acessado em 11/8/21).
Os desiludidos, agnósticos e ateus também marcaram a caixa "nenhum". Independentemente do rótulo de cada um, Jesus veio em amor pelo mundo inteiro (João 3:16). Uma caixa marcada ontem não determina o amanhã ou a eternidade de uma pessoa. Jesus é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). É por meio de Sua vida, morte e ressurreição que conhecemos o Pai. Não há outro caminho e nenhum conjunto de regras e regulamentos que possa nos levar a Deus.
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