Pergunta
Qual é o significado da expressão "que Deus me ajude"?
Resposta
So help me God (Que Deus me ajude) são palavras frequentemente declaradas no final de um juramento, que é um apelo ou voto solene que atesta a verdade das palavras de alguém, a sinceridade da promessa e a fidelidade do compromisso de alguém em cumprir um dever. Os juramentos que contêm essa frase são normalmente administrados por chefes políticos, eclesiásticos e jurídicos de nações civilizadas. Em juramentos legais, como quando uma testemunha presta juramento para depor em um tribunal, a pessoa declara: "Juro dizer a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade, que Deus me ajude".
O propósito essencial de dizer "que Deus me ajude" é expressar sinceridade e enfatizar maior vigilância: "Estou falando sério, meu testemunho é verdadeiro e farei tudo o que puder com a ajuda de Deus para cumprir meu dever com o máximo de diligência e integridade". Invocar a ajuda do Senhor reconhece a existência de Deus como a autoridade suprema e invoca Sua punição se um juramento for quebrado. O significado de dizer "que Deus me ajude" acrescenta ao juramento uma espécie de energia que declara: "Sob a condição de eu falar a verdade ou cumprir esta promessa, e não de outra forma, que Deus me ajude!" (Watson, R., "Oath" [Juramento], A Biblical and Theological Dictionary [Dicionário Bíblico e Teológico], Lane & Scott, 1851, p. 709).
Em muitos países, os juramentos de cidadania e alistamento, os juramentos de fidelidade e supremacia e os juramentos de cargo e serviço público são concluídos com as palavras "que Deus me ajude". Quando a rainha da Inglaterra fez seu juramento de coroação em 2 de junho de 1953, suas palavras finais foram: "As coisas que prometi aqui antes, eu as realizarei e cumprirei. Que Deus me ajude" (www.royal.uk/the-coronation-history-and-ceremonial, acessado em 5/3/23). Outros juramentos religiosos feitos por padres, professores, bispos, etc., são chamados de juramentos de conformidade e obediência. Eles também terminam com as palavras "que Deus me ajude".
Alguns historiadores afirmam que George Washington, ao fazer o juramento presidencial em 1792, acrescentou espontaneamente: "Que Deus me ajude", antes de tirar a mão da Bíblia. Naquela época da história dos Estados Unidos, "a frase não estava no juramento, mas tem sido parte regular dele desde então" (Kling, D. W., Christian History Magazine, Edição 50: Christianity & the American Revolution, 1996). Hoje, de acordo com a "Cláusula de Não Teste Religioso", as palavras são opcionais na maioria dos juramentos de cargo e alistamentos militares feitos nos EUA.
Alguns grupos cristãos, como os quakers, citam Mateus 5:34 e se recusam a fazer juramentos. No entanto, Jesus não estava condenando absolutamente todos os juramentos nessa passagem. Em toda a Escritura, Deus incentiva o cumprimento solene e sério de votos, juramentos e promessas (Números 30:2; Deuteronômio 6:13; 10:20; 23:21; Eclesiastes 5:4; Salmo 15:4; 50:14; 66:13-14; Romanos 1:9; Gálatas 1:20; Hebreus 6:13-17; Tiago 5:12). O salmista declara: "Jurei e confirmei o juramento de guardar os teus retos juízos....Ampara-me, segundo a tua promessa, para que eu viva; não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança" (Salmo 119:106, 116). O próprio Deus confirmou a aliança com Seu povo escolhido por meio de um juramento (Hebreus 6:17; 7:20-22).
O que Jesus estava advertindo em Mateus 5:34 era a prática de fazer juramentos superficiais e descuidados. Cristo chama Seus seguidores para uma vida de veracidade, integridade e sinceridade diante dEle e de todas as pessoas. Infelizmente, Deus me ajude se tornou um juramento imprudente nos lábios de muitos que, muitas vezes, o proferem como uma ameaça raivosa.
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