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Pergunta

O que significa o fato de que para os puros todas as coisas são puras (Tito 1:15)?

Resposta


A pureza é importante para Deus porque Deus é puro. Pureza é a ausência de qualquer coisa que contamine, degrade ou polua. Uma vida pura caracteriza os crentes: o pecado não determina mais as escolhas que fazemos. Em vez disso, a pureza de Deus nos purificou de nossos pecados, e nós nos esforçamos para viver para Ele. O crente se torna puro em Cristo, e para o puro todas as coisas são puras. Essa pureza não é aquela que parece ser pura por fora, mas aquela que é verdadeiramente pura de dentro para fora.

Em sua epístola a Tito, Paulo repreende "muitos, especialmente os da circuncisão, que são insubordinados, falam coisas sem sentido e enganam os outros" (Tito 1:10). Essas pessoas não eram "sadias na fé" (versículo 13) e, em vez disso, proclamavam "mandamentos de gente que se desvia da verdade" (versículo 14). Eles enfatizavam suas próprias leis de pureza. Aqueles que elevam seu próprio padrão de pureza acima do padrão de Deus, no entanto, não são puros; eles são "corrompidos" e "afirmam conhecer a Deus, mas, por suas ações, negam-no" (versículos 15-16). No contexto da repreensão de Paulo a esses falsos mestres, ele diz: "Para os puros todas as coisas são puras" (versículo 15).

Quando Paulo escreve que "para os puros todas as coisas são puras" (Tito 1:15), ele não quer dizer que uma coisa pecaminosa se torna correta para uma pessoa de mente pura. Não, uma pessoa pura tem um coração singelo em relação a Deus e vive com um desejo intransigente de agradar a Deus em todas as coisas. Ela não está interessada em uma pureza externa obtida ao seguir regras criadas pelo homem, mas em uma pureza interna que vem do conhecimento e do amor a Deus. Essa pessoa pode, em sã consciência, participar de coisas que outros, cujos corações não foram purificados pela fé, condenariam.

Quando Paulo escreveu essa carta, os judeus enfatizavam a pureza externa. Eles tinham milhares de regras e regulamentos, considerando impuras muitas coisas que não eram, em si mesmas, impuras. Ao elevar suas próprias leis acima das leis de Deus, eles não podiam viver o princípio de que para o puro todas as coisas são puras, porque seus corações eram, na verdade, impuros. Suas adições anularam a Palavra de Deus em prol de sua própria tradição (Mateus 15:6). Eles pareciam honrar a Deus com seus lábios e ações externas, mas, como Jesus revelou, "o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinasm que são preceitos humanos" (Mateus 15:8-9). A ênfase em suas próprias leis revelava que eles não confiavam na Palavra de Deus; viviam como se ela não fosse suficiente. Seus corações eram impuros.

Em contraste com o fato de todas as coisas serem puras para aqueles cujo coração é puro, Paulo escreve que "para os impuros e descrentes, nada é puro" (Tito 1:15). Os incrédulos têm consciências corrompidas que não conseguem realmente discernir ou valorizar o que é puro. Em Efésios, Paulo ensinou que, antes da salvação, nossos pensamentos estavam "cheios de trevas" (Efésios 5:8). Nossas mentes estavam obscurecidas em nosso entendimento porque estávamos longe dEle (Efésios 4:18). A única esperança para uma mente obscurecida e impura é o sangue de Cristo, o único que pode purificar consciências contaminadas "de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:14)

Nossa consciência deve ser purificada pela Palavra de Deus (Salmo 12:6; 119:9). Todo o modo de vida do cristão deve ser caracterizado por permanecer puro: "Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele" (Efésios 1:4). Devemos esconder a pureza da Palavra de Deus com segurança em nosso coração para não pecarmos contra Deus (Salmo 119:11). Quando fazemos isso, podemos ver e evitar a impureza pelo que ela é e viver o princípio de que para o puro todas as coisas são puras: assuntos discutíveis podem ser deixados para o discernimento e a liberdade cristã. Somos livres para buscar as coisas de Deus não apenas externamente, mas com o coração.

Alguns diriam: "Você não pode comer isso! Isso o deixará impuro!" Mas para os puros todas as coisas são puras, e o crente, cuja consciência é purificada pela fé, pode comê-la sabendo que "não é a comida que nos torna agradáveis a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos" (1 Coríntios 8:8). E assim é com uma infinidade de outras regras criadas pelo homem.

Para os puros, todas as coisas são puras, pois os crentes que foram purificados pelo sacrifício de Cristo podem realmente buscar essa pureza com o coração. Quando nosso coração não é puro, nenhuma quantidade de cumprimento de regras externas ou de justiça própria nos purificará. Jesus disse que é o que está no interior que nos contamina: "Não existe nada fora da pessoa que, entrando nela, possa contaminá-la; mas o que sai da pessoa é o que a contamina" (Marcos 7:15). Que possamos clamar como o salmista: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável" (Salmo 51:10).

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