Pergunta
O que é neo-evangelicalismo? O que é um neo-evangélico?
Resposta
O neo-evangelicalismo ("novo evangelicalismo") foi um levante dentro da ala evangélica mais ampla do cristianismo que enfatizava o envolvimento direto com a cultura e, em alguns casos, a cooperação com outros grupos cristãos mais liberais. No início do século XX, houve uma ruptura na cristandade. Os fundamentalistas eram aqueles que defendiam os fundamentos da fé cristã (por exemplo, a inspiração das Escrituras, o nascimento virginal, a divindade de Cristo, a morte substitutiva de Cristo, a segunda vinda de Cristo). Os modernistas (ou liberais) estavam prontos para abandonar essas posições doutrinárias fundamentais em favor da ética ("ame seu próximo") e dos sentimentos religiosos (um senso de adoração e admiração). Seguindo a moderna erudição cética, os modernistas presumiram que a Bíblia era simplesmente um livro humano e que Jesus era um grande professor de moral, e concluíram que o mais importante é que os cristãos amem o próximo. Eles também estavam muito mais dispostos a aceitar as teorias evolucionistas modernas e a possibilidade (ou probabilidade) de que as pessoas que não pertencem ao cristianismo também pudessem ter um relacionamento com Deus.
Quando os modernistas chegaram ao poder em vários seminários e denominações, os fundamentalistas saíram voluntariamente para formar suas próprias denominações e seminários ou foram forçados a sair. Os fundamentalistas também enfatizavam a separação do mundo e se opunham à maioria das músicas modernas e a certas atividades, como dançar, beber e assistir a filmes. Como a erudição moderna havia desviado muitos liberais do caminho certo, parecia haver, em muitos casos, uma rejeição da erudição moderna. Muitos fundamentalistas adotaram a mentalidade de "fortaleza", ou seja, eles se separavam do mundo e procuravam "ocupar-se até que Ele venha". Os fundamentalistas também eram fervorosamente evangelistas.
É claro que o que foi dito acima é uma generalização simplista, mas a divisão entre o fundamentalismo e o modernismo prevaleceu no cristianismo por várias décadas. Entretanto, com o passar do tempo, houve um descontentamento dentro do campo fundamentalista. Alguns achavam que os fundamentalistas haviam se isolado demais e que os cristãos precisavam se envolver mais diretamente com a cultura. Eles também achavam que, ao abandonar a erudição moderna, os fundamentalistas muitas vezes haviam abandonado a erudição por completo. Portanto, começaram a enfatizar a erudição evangélica. Em 1947, Carl Henry publicou The Uneasy Conscience of Modern Fundamentalism (A Consciência Inquieta do Fundamentalismo Moderno), que conclamava os evangélicos a se distinguirem das formas mais estridentes e separatistas do fundamentalismo. No mesmo ano, Harold J. Ockenga cunhou pela primeira vez o termo neo-evangélico para descrever um movimento distinto dentro do fundamentalismo.
É claro que muitos no campo fundamentalista achavam que esses neo-evangélicos eram muito complacentes com o mundo, pois abandonaram alguns dos rígidos padrões morais/culturais do fundamentalismo e se tornaram mais abertos aos estudos modernos.
Carl Henry foi talvez o teólogo mais proeminente do movimento neo-evangélico. Billy Graham foi o rosto mais público do movimento. A revista Christianity Today tornou-se a voz do neo-evangelicalismo.
O termo neo-evangélico ainda é um bom termo para descrever os desenvolvimentos históricos em meados do século XX, mas tem pouca validade atualmente. A maioria das posições do "neo-evangelicalismo" é defendida hoje por pessoas que simplesmente se identificam como "evangélicas". É claro que ainda há fundamentalistas que se autodenominam e que usarão o termo neo-evangélico para descrever alguém que eles consideram menos do que verdadeiramente evangélico.
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O que é neo-evangelicalismo? O que é um neo-evangélico?
