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Pergunta

A Bíblia realmente ensina a monogamia?

Resposta


A monogamia é a prática ou estado de estar casado com apenas uma pessoa de cada vez. Quando Deus instituiu a aliança do casamento, Ele projetou o relacionamento para ser monogâmico. Em Gênesis 2:21–22, Deus criou Adão e então formou uma mulher, Eva, de uma de suas costelas e a trouxe ao homem. Deus não criou várias mulheres para Adão, o que teria sido útil para cumprir a ordem de povoar a terra (Gênesis 1:27–28). Adão respondeu com a alegre proclamação de que Eva era “osso dos meus ossos e carne da minha carne” (versículo 23), seguida por esta declaração: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (versículo 24). Jesus repetiu essa verdade quando lhe perguntaram sobre o divórcio (Mateus 19:5). Ele então acrescentou: “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6). Desde o início da Bíblia, a monogamia é o modelo.

O Antigo Testamento tem muitos exemplos de pessoas abandonando a monogamia. Muitos patriarcas e reis tinham várias esposas. Mesmo Davi e Salomão, os líderes escolhidos de Deus, multiplicaram esposas ao longo de seus reinados, e a Bíblia é estranhamente silenciosa sobre essa aparente violação da piedade. Deuteronômio 17:17 proíbe especificamente o acúmulo de esposas pelos reis de Israel. E porque a Bíblia é tão honesta sobre a humanidade e as falhas até mesmo daqueles que Deus usou poderosamente, ela registra os problemas que essas esposas multiplicadas criaram.

Em todo relato bíblico de homens com várias esposas, há conflito. Famílias não baseadas em um relacionamento monogâmico pagaram um preço. Abraão, Sara e Agar foram o primeiro “triângulo amoroso” que deu errado – o ciúme surgiu quando a jovem Agar engravidou quando a Sara mais velha não conseguiu (Gênesis 16:1–5). Raquel e Lia disputavam a afeição de Jacó, o que causou servas a serem concubinas do seu marido (Gênesis 30). O profeta Samuel nasceu em uma casa onde sua mãe Ana era constantemente provocada pela outra esposa de seu marido, Penina (1 Samuel 1:4-6).

Na casa do rei Davi, a proliferação de esposas e filhos levou a tal disfunção que poderiam ter sido seu próprio show de realidade. A filha de Davi, Tamar, por uma esposa, foi estuprada por seu filho Amnom de outra esposa (2 Samuel 13). Quando o irmão de Tamar, Absalão, soube da desgraça dela, ele planejou vingança e depois matou seu meio-irmão Amnom. A má gestão por parte de Davi de sua casa disfuncional pode ter levado ao ódio que seu filho Absalão sentia por ele e à subsequente tentativa de assumir o trono. Se Davi tivesse abraçado a monogamia, nada dessa mágoa teria acontecido, e talvez ele nunca teria tido que fugir do seu próprio filho para salvar a sua vida (2 Samuel 15:14).

A história de Salomão, em particular, demonstra a loucura de ter várias esposas. O rei Salomão recebeu tudo o que seu coração desejava. Deus lhe deu sabedoria além da de qualquer outro homem (1 Reis 4:29-30) e o abençoou materialmente também (1 Reis 10:23). Deus até mesmo lhe concedeu “descanso de todos os lados; não há nem inimigo, nem adversidade alguma” (1 Reis 5:4). Salomão recebeu a grande honra de construir o templo do Senhor (1 Reis 5:5). No entanto, ele se casou com muitas esposas de muitos países e, em sua velhice, seu coração se desviou do Senhor por causa da idolatria de suas esposas (1 Reis 11:3-4). Se Salomão tivesse se contentado apenas com sua primeira esposa e continuado monogâmico, ele nunca teria encontrado tal tentação e poderia ter permanecido fiel ao Senhor até morrer.

Nos tempos do Novo Testamento, a monogamia era a norma na cultura judaica. Jesus ensinou a monogamia. Quando Jesus foi questionado sobre o divórcio, Sua resposta deu a entender fortemente que o casamento é entre um homem e uma mulher, sem nenhum indício de poligamia: “... porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Marcos 10:6-9). Quando Jesus diz que “dois se tornarão uma só carne”, a conclusão óbvia é que esta união é apenas entre dois indivíduos. Não são três ou mais que se tornam um; apenas dois se tornam um. Em nenhum lugar Jesus ou qualquer um dos escritores do Novo Testamento sugere que essa união deva ocorrer entre um indivíduo casado e qualquer outra pessoa.

De fato, quando Paulo dá ordens explícitas sobre o casamento, ele faz referência à passagem sobre ser “uma só carne” e o compara a Cristo e Sua noiva, a igreja (Efésios 5:32). Ele conclui instruindo o marido a amar sua esposa como ama a si mesmo (versículo 33). Ele não diz ao marido para “amar todas as suas esposas”. A palavra esposa é singular. É um exagero tentar aplicar o comando sobre ser “uma só carne” para um homem e várias mulheres. E a Bíblia nunca, em nenhum momento, sugere que o casamento possa unir qualquer outra coisa, exceto um homem e uma mulher. O conceito de casamento homossexual é uma contradição em termos.

As Escrituras não abordam diretamente a prática da poligamia no Antigo Testamento, mas a intenção original de Deus para o casamento era claramente a monogamia. A Bíblia mostra o resultado de ter várias esposas e nunca apresenta a poligamia de uma forma positiva. O casamento deve ser uma imagem da aliança que Cristo tem com a Sua igreja (2 Coríntios 11:2), uma imagem que se encaixa bem com o plano de Deus de que o casamento é para um homem e uma mulher por toda a vida.

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