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Pergunta

O que a Bíblia diz sobre os direitos das mulheres?

Resposta


O termo direitos das mulheres ganhou popularidade nos Estados Unidos a partir de 1848, em Seneca, Nova York, quando 300 pessoas assinaram uma declaração pedindo o fim da discriminação contra as mulheres. Entretanto, em 1866, a 14ª Emenda, que deveria garantir os direitos básicos de todos os cidadãos, designou a palavra cidadão como "eleitor do sexo masculino", eliminando assim as mulheres dessa proteção. Mas, em 1900, todos os estados já haviam aprovado uma legislação que permitia que as mulheres casadas possuíssem propriedades e mantivessem seus próprios salários. Apesar desses avanços, a história não tem sido gentil com as mulheres. Em face das liberdades que as mulheres desfrutam na América moderna, as leis e práticas injustas do passado ainda nos assombram, e há muitos países que continuam a tratar as mulheres como seres humanos inferiores. Algumas pessoas afirmam que a Bíblia é uma das razões pelas quais as mulheres têm sido tratadas injustamente. Outras apontam que a Bíblia plantou as sementes da libertação para as mulheres. Vamos considerar os direitos das mulheres à luz da Bíblia.

Antes de analisar o que a Bíblia tem a dizer sobre questões sociais, devemos sempre entender o contexto de uma determinada passagem e o público a quem ela foi dirigida. A Bíblia é uma coleção de livros, cada um inspirado por Deus, mas escrito por diferentes autores, em diferentes épocas, para diferentes propósitos (2 Pedro 1:21; 2 Timóteo 3:16). Por exemplo, a ordem de Deus aos israelitas para "destruir totalmente os hititas e os cananeus" (Deuteronômio 20:17) não foi escrita para os cristãos do século XXI. Não podemos agir de acordo com essa ordem; ela não foi planejada para nós. Em vez disso, aprendemos com ela e procuramos entender os propósitos de Deus nela. Da mesma forma, alguns elementos do Antigo Testamento que soam aos nossos ouvidos ocidentais como se Deus desrespeitasse as mulheres precisam ser considerados à luz da cultura do Oriente Próximo em 4000 a.C.

O que sabemos pelas Escrituras é que Deus criou a mulher como um complemento e um presente para o homem (Gênesis 2:18, 22). Ela deve ser valorizada, protegida e servida abnegadamente da mesma forma que Cristo ama e serve a Sua igreja (Efésios 5:25-30; 1 Pedro 3:7). Mas o homem caído, agindo de acordo com sua carne pecaminosa, perverte o que Deus criou. Com o passar do tempo, o ideal de Deus para a mulher foi destruído, e ela se tornou pouco mais do que um objeto sexual, uma carregadora de bebês e uma escrava do homem. Esse não era o plano de Deus, assim como a guerra, a doença e o sofrimento não eram o Seu plano. Mas Deus permite que a humanidade tenha livre-arbítrio para escolher se quer honrar Seus mandamentos ou desafiá-los; no entanto, qualquer escolha tem consequências. Uma consequência do mau uso que o homem fez da mulher que Deus lhe deu é que metade de Sua imagem (Gênesis 1:27) foi abusada, subjugada, desrespeitada e violada ao longo da história.

Quando Deus deu a Lei aos israelitas (Êxodo 24:12), Ele trabalhou dentro da estrutura social que eles já conheciam. As civilizações antigas eram geralmente violentas, idólatras, supersticiosas e más (Gênesis 6:5-6). Deus chamou um povo e começou a ensiná-lo sobre Si mesmo, ajudando-o a se separar das nações pagãs ao seu redor e mostrando-lhe uma maneira melhor de viver (Jeremias 32:38-39). Um aspecto de Sua Lei elevou o status das mulheres e das crianças a novos patamares. Deus trabalhou dentro da estrutura social deles para garantir os "direitos das mulheres"; ou seja, na Lei, as mulheres eram protegidas, recebiam tratamento justo e eram providas de modo que nenhuma mulher pudesse ser usada e depois descartada, como era a prática nas nações pagãs. Deus implementou leis específicas para proteger as viúvas, os órfãos e as mulheres solteiras sem provedores masculinos (Êxodo 22:22; Deuteronômio 27:19; Josué 17:3-4).

O problema com o termo direitos das mulheres é que ele implica que determinados grupos podem exigir "direitos" que Deus não lhes concedeu. Inclusões menos nobres geralmente pegam carona na frase benigna. Por exemplo, a demanda por "direitos das mulheres" geralmente é equiparada à agenda pró-escolha. Os ativistas defendem que parte do "direito" da mulher é a soberania sobre o seu próprio corpo, mesmo que esse corpo abrigue um ser humano separado. Mas não podemos criar nossos próprios "direitos". Temos o direito à vida porque Deus nos deu esse direito. Temos o direito de evitar o perigo e o abuso sempre que possível porque nosso corpo é o templo de Deus (1 Coríntios 6:19-20). Temos o direito de escolher se queremos ou não obedecer a Deus - e o direito de receber as consequências dessa escolha. Mas não temos o "direito" de infringir nenhum direito pertencente a outra pessoa.

A seguir, uma lista dos direitos que Deus concedeu às mulheres:

1. A mulher tem o direito de ser tratada como mulher da forma como Deus a criou. Em outras palavras, ninguém tem o "direito" de forçar uma mulher a se comportar como um homem e desafiar o gênero que Deus lhe deu. Deus colocou beleza e graça na alma feminina, diferente das características que deu aos homens (Deuteronômio 22:5). Uma mulher que não consegue aceitar seu projeto de ser mulher precisa ser amada, aconselhada e receber orientação sobre o que realmente significa ser mulher. O lesbianismo e as cirurgias de redesignação de gênero não são soluções que Deus endossa.

2. A mulher tem o direito de nutrir e proteger seu próprio bebê que cresce dentro de seu corpo. Ninguém tem o direito de forçar uma mulher a abortar seu filho e, da mesma forma, nenhuma mulher tem o direito de forçar a morte de seu bebê (Salmo 139:13).

3. A mulher tem o direito de florescer e crescer dentro dos limites que Deus criou para ela, assim como os homens. Os homens não têm o direito de inibir esse crescimento e liberdade, como foi feito no passado e ainda é praticado em muitas partes do mundo (Colossenses 3:19).

4. A mulher tem o direito a um tratamento justo porque as mulheres são "co-herdeiras da graça da vida" (1 Pedro 3:7). Isso inclui oportunidades iguais de possuir propriedades (Provérbios 31:16), receber educação, tomar decisões pessoais por si mesma, receber salário igual por trabalho igual (Deuteronômio 24:17) e casar-se ou não conforme a sua escolha (Números 36:6).

5. Uma mulher tem o direito de servir ao Senhor de acordo com seus dons e dentro dos limites que Deus estabeleceu para a Sua igreja (Tito 2:3-5; 1 Timóteo 3:11).

6. Uma mulher tem o direito de competir em igualdade de condições com um homem por oportunidades não relacionadas ao gênero. Entretanto, esperar que as empresas e instituições alterem seus padrões para que as mulheres tenham mais chances não é igualdade alguma. (Por exemplo, o gênero pode impedir que uma mulher de 1,37 m e 50 kg seja contratada para um trabalho pesado de construção). O gênero nunca deve ser levado em consideração para admissão em faculdades, escolas de medicina ou no mundo dos negócios, pois as qualidades femininas de uma mulher não afetam de forma alguma o seu desempenho.

7. Uma mulher tem direito a tudo o que um homem reivindica como seu direito, honrando as distinções dadas por Deus entre os sexos (Gálatas 3:28). Nem o gênero nem a raça devem ser usados como desculpa para oprimir ou excluir uma pessoa de qualquer coisa que Deus permita.

Quando a expressão direitos das mulheres está de acordo com os direitos que Deus instituiu quando criou a mulher, então a Bíblia apóia totalmente esses direitos. Quando esse termo é desviado para incluir o mal que Deus nunca endossou, então os chamados "direitos" não são direitos de forma alguma.

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