Pergunta
Como os cristãos devem encarar os cuidados com a afirmação de gênero?
Resposta
Jesus Cristo ordenou a Seus seguidores que amassem as outras pessoas, uma instrução que se estende àqueles que se identificam como transgêneros (Mateus 22:39). Obedecer a esse mandamento significa cuidar das pessoas como Ele cuidou, o que inclui desejar a libertação delas da escravidão do pecado (João 8:36; Gálatas 5:1). Como o cuidado com a afirmação de gênero amplia o pecado do transgenerismo e intensifica a confusão daqueles que o praticam, os cristãos devem se opor a essa prática (Deuteronômio 22:5; cf. 1 Coríntios 11:11-16). Simultaneamente, e com igual zelo, os cristãos devem amar aqueles que expressam incerteza sobre seu gênero biológico, com o objetivo de promover a santidade cristã e o bem-estar físico em suas vidas.
O termo cuidados de afirmação de gênero refere-se a vários tratamentos destinados a alterar as características físicas de uma pessoa, inclusive seu sexo biológico, para que correspondam à sua identidade de gênero percebida. Os tratamentos podem incluir intervenções médicas, como a remoção cirúrgica de órgãos reprodutivos e a adição de características anatômicas protéticas. Além disso, as intervenções geralmente envolvem o uso de medicamentos prescritos para suprimir a testosterona e aumentar o estrogênio em homens biológicos, e para aumentar a testosterona e suprimir o estrogênio em mulheres biológicas. As abordagens abrangentes de tratamento também podem incluir terapia social, psicológica e comportamental.
Uma visão cristã dos cuidados de afirmação de gênero começa com a negação das duas premissas contidas no próprio termo. Primeiro, os cristãos devem rejeitar a ideia de "afirmar" a identidade subjetiva de gênero de uma pessoa. A Bíblia ensina que Deus criou dois gêneros, masculino e feminino, e cada indivíduo nasce como um ou outro (Gênesis 1:27). Ela também diz que a mistura de gêneros, mesmo que apenas na parte externa do corpo, é uma transgressão significativa: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus" (Deuteronômio 22:5). O transgênero é pecado porque eclipsa a honra que Deus conferiu aos seres humanos como Seus portadores de imagem quando lhes atribuiu um gênero biológico (Gênesis 1:26-28; Salmo 8:5; Hebreus 2:7). Portanto, o gênero é um atributo fixo que não pode ser transformado intrinsecamente e não deve ser disfarçado externamente.
Em segundo lugar, a descrição do "cuidado" com a afirmação de gênero é uma falácia. Aceitar a insatisfação ou a ilusão de uma pessoa com sua biologia não é amoroso porque é prejudicial à sua saúde. Fisicamente, tomar medidas extremas para lidar com sentimentos subjetivos, como remover órgãos cirurgicamente ou tomar medicamentos que manipulam hormônios, coloca desnecessariamente o corpo de uma pessoa em risco. Do ponto de vista emocional, estudos conceituados mostram que pessoas transgênero desenvolvem maior ideação suicida após a cirurgia de alteração corporal (consulte www.heritage.org/gender/commentary/sex-reassignment-doesnt-work-here-the-evidence, acessado em 10/6/24). Portanto, tolerar a desorientação de gênero de uma pessoa não é amoroso, pois isso favorece a confusão mental e emocional e atrasa o bem-estar físico.
Na história da mulher adúltera, Jesus exemplificou como a graça e a verdade podem lidar eficazmente com o pecado sexual (cf. João 1:14). Quando os fariseus trouxeram a mulher culpada a Jesus, eles enfatizaram que a lei exigia que ela fosse apedrejada como punição. Depois que Jesus respondeu: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (João 8:7), os fariseus se afastaram, reconhecendo sua própria pecaminosidade. Então Jesus disse à mulher: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (João 8:11). Jesus demonstrou graça ao salvar a mulher de ser apedrejada e, ao mesmo tempo, manteve a verdade ao repreender seu pecado. Os cristãos podem sabiamente imitar essa abordagem, opondo-se aos cuidados que afirmam o gênero e, ao mesmo tempo, demonstrando compaixão por aqueles que os apoiam e buscam.
Ao se oporem ao tratamento de afirmação de gênero, os cristãos devem se preparar para uma enxurrada de acusações falsas. Por exemplo, alguns defensores do tratamento de afirmação de gênero argumentam que os cristãos estão rejeitando tratamentos "medicamente necessários". Outra tática que alguns defensores usam é vincular o atendimento de afirmação de gênero a outras questões sociais, como direitos das mulheres, igualdade racial e democracia constitucional, dando a entender que aqueles que se opõem ao atendimento de afirmação de gênero também são contra esses valores. Apesar das mentiras que podem circular sobre eles, os cristãos devem se posicionar contra o tratamento de afirmação de gênero porque esses tratamentos violam os padrões morais de Deus e prolongam o sofrimento das pessoas que questionam sua identidade de gênero.
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