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Pergunta

Os cristãos são culpados de fanatismo? Os cristãos são intolerantes?

Resposta


Atitudes como intolerância, preconceito e ódio contra outras pessoas são comumente mencionadas nas definições de fanatismo do dicionário. Essas atitudes geralmente são expressas por meio de ofensas como racismo, discriminação e calúnia. Os críticos do cristianismo às vezes acusam os cristãos de terem essas atitudes depreciativas. Entretanto, o evangelho de Jesus Cristo demonstra que, embora os cristãos, individualmente, possam ficar aquém dos padrões morais que defendem, o cristianismo em si não é intolerante. O evangelho enfatiza a igualdade de todas as pessoas com relação ao pecado, à salvação e ao valor humano básico.

O evangelho que Jesus proclamou e encarregou Seus seguidores de comunicar ao mundo baseia-se no fato de que todas as pessoas nascem pecadoras, independentemente de sua raça, gênero, posição social, histórico religioso ou familiar ou virtude moral (Romanos 3:23; 1 João 1:8). O ensinamento da Bíblia sobre a pecaminosidade de todas as pessoas implica que nenhuma classe de pessoas é inerentemente superior a outra.

Embora a má notícia seja que todos os indivíduos são culpados pelo pecado, a boa notícia do evangelho é que a morte de Jesus na cruz pagou a penalidade pelo pecado de todas as pessoas, independentemente de sua raça, gênero, status social ou qualquer outro marcador de identidade. Jesus sacrificou Sua vida porque "amou o mundo" (João 3:16), e o convite para aceitar Seu sacrifício se estende a "todas as nações" (Mateus 28:19-20). O convite inclusivo do evangelho e a maneira indiscriminada com que Jesus instruiu os cristãos a apresentá-lo desmentem as acusações de que a fé cristã é preconceituosa.

Jesus lembrou ao povo de Sua época que "a minha casa será chamada ‘Casa de Oração’ para todas as nações" (Marcos 11:17; cf. Isaías 56:7). Pedro às vezes lutava com um tipo de fanatismo (veja Gálatas 2:11-14), mas ao fazer isso ele "não estava agindo de acordo com a verdade do evangelho" (Gálatas 2:14). O próprio Pedro ensinou que "Deus não trata as pessoas com parcialidade; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável" (Atos 10:34-35).

A natureza não preconceituosa do evangelho é vista na composição diversificada de pessoas no Novo Testamento que o aceitaram e decidiram seguir Jesus. Por exemplo, pessoas de muitas origens religiosas e étnicas diferentes acreditaram no evangelho. Paulo era judeu e Cornélio era gentio (Atos 9:1-9; 10:1-6). Pessoas de diferentes países abraçaram o evangelho, inclusive um oficial da Etiópia (Atos 8:26-40) e um governador de Chipre (Atos 13:6-12). Além disso, uma congregação muito diversificada fez parte do início da igreja. A reunião multiétnica no Pentecostes veio de três continentes: partos da Ásia, líbios da África e cretenses da Europa (Atos 2:9-11).

Combatendo ainda mais as acusações de fanatismo cristão está o fato de que a Bíblia registra pessoas de diferentes classes sociais e níveis educacionais que acreditaram no evangelho, desde mendigos cegos (Marcos 10:46-52) até o rico José de Arimatéia (Mateus 27:57). Pessoas de várias profissões também foram salvas, desde humildes pescadores como Pedro (Mateus 4:18-22) até proeminentes magistrados legais como Nicodemos (João 3:1-21; 19:39-42). Pessoas com várias experiências de relacionamento também abraçaram o evangelho, como as que tinham vários cônjuges (João 4:1-42), as culpadas de adultério (João 8:1-11) e as que sentiam atração por pessoas do mesmo sexo (1 Coríntios 6:9-11).

Apesar desses fatos, os críticos às vezes retratam os seguidores de Jesus como fanáticos apaixonados que odeiam e temem pessoas diferentes deles. Esse estereótipo, comum na cultura secular, é falso. Muitas vezes, ele é construído com base em anedotas escolhidas a dedo, como as da Igreja Batista de Westboro. Estereotipar todos os cristãos dessa maneira expõe a ignorância dos zombadores e escarnecedores, pois a maioria dos crentes considera esse comportamento repulsivo e representa de forma imprecisa Jesus e a mensagem do evangelho.

Quando os críticos acusam todos os cristãos de fanatismo com base no exemplo infeliz de indivíduos ou grupos isolados, eles cometem um erro de raciocínio chamado de falácia da composição. Essa falácia envolve atribuir incorretamente as características de poucos a muitos. Por exemplo, a Igreja Batista de Westboro tem menos de 70 membros, enquanto o cristianismo histórico é composto por 2,4 bilhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, a Aliança Batista Mundial, com 51 milhões de membros, e a Convenção Batista do Sul, com 13 milhões de membros, o maior grupo protestante dos Estados Unidos, condenaram as táticas da Igreja Batista de Westboro.

Infelizmente, cristãos individuais têm sido culpados de fanatismo às vezes, manchando a verdade de que Deus fez todas as pessoas à Sua imagem (Gênesis 1:26-28). Os seguidores de Jesus que são culpados de tais pecados devem confessá-los, pedir o perdão de Deus e cessar todo comportamento preconceituoso como evidência de arrependimento genuíno.

Embora alguns cristãos possam ser culpados de fanatismo ocasionalmente, o cristianismo não é fanático. Em vez disso, ele se concentra no evangelho, que convida todas as pessoas a se arrependerem e acreditarem nas boas novas de Jesus Cristo (Marcos 1:15). Em Apocalipse, João descreve a diversidade no céu, provando que o evangelho não é inerentemente intolerante: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos" (Apocalipse 7:9).

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