Pergunta
Como Jesus morreu? Qual foi a causa exata da morte de Jesus?
Resposta
A crucificação de Jesus Cristo é um dos eventos mais significativos da história humana, marcando o momento de Seu sacrifício final pelos pecados da humanidade. Esse evento monumental não é apenas a base do cristianismo, mas também um testemunho da fiel obediência de Cristo ao Pai (Filipenses 2:8). Jesus morreu por meio da crucificação, mas qual foi a causa exata? Que fatores físicos contribuíram para Sua morte?
A história da morte de Jesus começa com Sua prisão no Jardim do Getsêmani. De acordo com os Evangelhos, Jesus foi orar no jardim após a Última Ceia, plenamente consciente do trauma físico que estava prestes a sofrer. Em Mateus 26:39, Jesus orou: "Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice! Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres." Apesar da agonia iminente de Jesus, Ele se submeteu à vontade do Pai. A oração de Jesus foi tão intensa que "o suor dele se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra" (Lucas 22:44). A descrição de Lucas sobre a agonia de Jesus sugere uma condição médica rara conhecida como hematidrose, em que o estresse extremo faz com que os vasos sanguíneos das glândulas sudoríparas se rompam.
Depois de ser preso no jardim, Jesus foi levado perante um tribunal judeu, que o considerou culpado de blasfêmia. Então "os guardas o prenderam e o espancaram" (Marcos 14:65). De manhã cedo, o tribunal judaico amarrou Jesus e o entregou a Pilatos, o governador romano da província (Marcos 15:1). Pilatos interrogou Jesus e o enviou a Herodes, o governante da Galileia, e Herodes prontamente o enviou de volta a Pilatos. Assim, depois de uma noite estressante e sem dormir, Jesus foi forçado a andar mais de três quilômetros e meio de julgamento em julgamento.
Pilatos determinou que as acusações contra Jesus eram infundadas e, não encontrando nenhuma falha em Jesus, tentou libertá-Lo (João 19:4, 12). No entanto, a multidão exigiu a crucificação de Jesus. Pilatos sucumbiu à pressão e mandou açoitar Jesus antes de entregá-Lo para ser crucificado (João 19:1-16).
A flagelação era uma forma severa de açoitamento, reservada para os condenados à morte. Os soldados romanos usavam um flagrum, um chicote curto composto por várias tiras de couro presas a pequenos fragmentos de metal, osso ou chumbo. Cada golpe do flagrum cravava os fragmentos afiados na pele. Quando o chicote era puxado para trás, ele arrancava pedaços de carne, expondo músculos e até ossos. A flagelação cobria as costas, as nádegas e as pernas, mas também podia se estender ao peito e ao estômago. Muitas vítimas da flagelação entravam em choque devido à agonia e à perda de sangue. A intenção era levar Jesus à beira da morte, enfraquecendo-o antes do ato final da crucificação.
Após a flagelação, Jesus foi forçado a carregar Sua cruz até o local da execução. Isso teria sido um fardo imenso para Jesus, que já estava enfraquecido pela flagelação, pelo espancamento anterior e pela noite sem dormir. Jesus desmaiou várias vezes sob o peso da cruz, de modo que Simão de Cirene foi pressionado a trabalhar (Marcos 15:21). Ao chegar ao Gólgota, Jesus foi despido de Suas roupas. Em seguida, foi deitado no chão com a viga da cruz sob os ombros. Os soldados romanos, então, cravaram grandes pregos de ferro, provavelmente com 5 a 7 polegadas de comprimento, nos pulsos de Jesus. Os pregos foram colocados no ponto em que o pulso encontra a mão, entre os ossos rádio e ulna e os ossos do carpo do pulso. Essa localização permitia que os pregos suportassem o peso do corpo sem rasgar a carne. O fato de cravar os pregos no pulso também assegurava que o nervo mediano fosse atingido, levando a uma condição conhecida como causalgia, ou síndrome da dor regional complexa. A causalgia é caracterizada por uma forte dor em queimação no membro.
Depois de pregar os pulsos de Jesus na viga da cruz, os soldados levantaram a viga e a fixaram na coluna vertical, chamada de estribo, já posicionada no chão. Em seguida, os pés de Jesus foram pregados na viga. Isso foi feito colocando-se um pé sobre o outro e cravando um único prego grande em ambos os pés na madeira. A posição dos pés de Jesus exigia que Ele fizesse força para cima sobre o prego para respirar. Esse ato causava uma dor excruciante a cada respiração.
A combinação de choque, perda de sangue e incapacidade de respirar deveria levar a uma morte lenta e agonizante. Os fatores que contribuíram para a morte de Jesus podem ter incluído asfixia, insuficiência cardíaca e choque hipovolêmico. Ele suportou esse tormento inconcebível por aproximadamente seis horas. Naquele momento, "Jesus clamou em alta voz: — Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou" (Lucas 23:46). Como Jesus havia ensinado anteriormente: "Ninguém me tira [a minha vida], mas eu a dou por mim mesmo" (João 10:18).
Depois que Jesus morreu, um soldado confirmou a morte perfurando o lado de Jesus com uma lança. Com isso, "um súbito fluxo de sangue e água" jorrou de Seu corpo (João 19:34), indicando que Jesus havia de fato morrido devido ao trauma infligido a Ele.
Observação: Este artigo usa dados de "On the Physical Death of Jesus Christ" (Sobre a morte física de Jesus Cristo), de William D. Edwards, W. J. Gabel e F. E. Hosmer, em The Journal of the American Medical Association, 255(11), abril de 1986, p. 1455-63.
English
Como Jesus morreu? Qual foi a causa exata da morte de Jesus?
