Pergunta
O que é astroteologia?
Resposta
A palavra astroteologia vem da palavra grega astron, que significa "estrela", e da palavra teologia, que significa "o estudo de Deus". Desde os tempos antigos, o homem adora divindades associadas aos corpos celestes - as estrelas, a lua e o sol (Sofonias 1:5) - e essa prática é chamada de "astrolatria". O termo astroteologia é aplicado mais especificamente a um sistema religioso baseado na observação dos céus. A astrolatria geralmente é politeísta, enquanto a astroteologia permite o monoteísmo. De fato, algumas pessoas tentam combinar a astroteologia com o cristianismo.
A astrolatria e a adoração às estrelas eram comuns nos tempos do Antigo Testamento e eram proibidas pela Lei Mosaica. O primeiro e o segundo dos Dez Mandamentos tratam da idolatria em geral, incluindo a adoração de imagens de corpos celestes: "Não tenha outros deuses diante de mim. Não faça para você imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Êxodo 20:3-4; cf. Deuteronômio 4:19; 17:3).
A verdadeira teologia olha para as estrelas, a lua e o sol, vê a prova da glória de Deus e O adora pelo que Ele fez (Salmo 19:1); ela não adora a criação (o que a astrolatria faz) e não vê a criação como um símbolo de Deus (o que a astroteologia faz).
A astroteologia tenta distorcer as Escrituras de modo que Jesus Cristo, em vez de ser o FILHO de Deus, seja na verdade o SOL de Deus. A astroteologia vincula o evangelho a antigos mitos de deuses e religiões de mistério. A ideia é que a história de Jesus Cristo é simplesmente a história do relacionamento do homem com o sol e as estações. O homem primitivo tinha medo da escuridão e percebeu sua dependência do sol, esperando que o sol voltasse dia após dia. A escuridão tornou-se um símbolo do mal (o demônio), e Deus, que nos deu o sol para a luz, o calor e o cultivo de alimentos, era bom. Por fim, diz a astroteologia, essas ideias foram expressas na Bíblia como a história de Jesus Cristo.
A astroteologia ensina que os versículos bíblicos que dizem que Jesus é a luz do mundo (por exemplo, João 8:12) estão realmente se referindo ao sol físico. Os doze meses do ano são representados pelos doze apóstolos de Cristo, e os quatro Evangelhos representam as quatro estações. A astroteologia tenta mostrar que as mitologias de deuses antigos, como Osíris, Hórus, Adônis e Mitra, baseavam-se em ciclos sazonais e que a história de Jesus Cristo é apenas uma recontagem desses contos antigos. Vários livros e dois filmes recentes, O Deus Que Não Estava Lá e Zeitgeist, estão popularizando essas afirmações. O problema com essas afirmações é duplo: 1) a astroteologia e crenças semelhantes descartam as evidências do Jesus Cristo histórico e 2) os supostos paralelos entre os Evangelhos e as religiões míticas são inválidos, como uma pesquisa honesta mostrará. As afirmações feitas pelo Jesus histórico são únicas e não coincidem com as histórias dos deuses pagãos.
Qualquer tentativa de alegorizar a Palavra de Deus, perverter seu sentido claro ou negar Jesus Cristo é abominável. A Bíblia nos adverte contra "pessoas ignorantes e instáveis" que distorcem as Escrituras "para a própria destruição deles. . . . Portanto, vocês, meus amados, visto que já sabem disso, tenham cuidado para que não sejam arrastados pelo erro desses insubordinados e caiam da posição segura em que se encontram" (2 Pedro 3:16-17). Em vez de nos deixarmos levar pelas alegações da astroteologia, devemos "crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (versículo 18).
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