Pergunta
O que é o Ramadã?
Resposta
O Ramadã é um mês sagrado na religião do Islã e é marcado por um período de jejum obrigatório. A observância do Ramadã é um dos cinco pilares do Islã. Ao jejuar durante esse mês, os muçulmanos acreditam que ganham recompensas espirituais e se aproximam de Alá.
O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico, que é baseado na lua. De acordo com a região, os cálculos astronômicos ou a observação da lua marcam o início desse mês de jejum, que termina na próxima lua nova. O Ramadã começa oficialmente quando um imã muçulmano o anuncia. Durante o mês do Ramadã, os muçulmanos buscam a misericórdia e a atenção de Alá jejuando do amanhecer ao pôr do sol. Os muçulmanos se abstêm de comer, beber, fumar e fazer sexo durante o dia. Diz-se que as boas obras realizadas durante o mês do Ramadã resultarão em uma multiplicação da recompensa normal pelas mesmas obras realizadas em outros meses. Por esse motivo, a generosidade e a caridade aumentam durante o Ramadã. Os muçulmanos também são incentivados a ler o Alcorão inteiro durante o Ramadã e a recitar orações especiais. O Ramadã termina com a festa do Eid al-Fitr/Festival da Quebra do Jejum.
A palavra Ramadã vem da palavra árabe ramida, que significa "calor intenso e abrasador ou secura". Acredita-se entre os adeptos do Islã que o Ramadã queima os pecados de uma pessoa com boas ações. Os muçulmanos procuram suprimir tudo o que é pecaminoso em si mesmos, deixando de lado todos os vícios, comportamentos e desejos ruins, a fim de mostrar sua dedicação a Alá e sua esperança de que ele seja misericordioso com eles. A palavra Islã significa "submissão", e a postura de obediência e abnegação adotada durante o mês do Ramadã é o ato final da submissão de um muçulmano a Alá.
O jejum também é encontrado na Bíblia. Para um cristão, o jejum geralmente é acompanhado de oração e é uma forma de expressar profunda angústia e necessidade extrema. Entretanto, há uma grande diferença entre o jejum cristão e o jejum islâmico do Ramadã. Em primeiro lugar, o Novo Testamento nunca ordena um jejum (mesmo no Antigo Testamento, os judeus só eram obrigados a jejuar um dia por ano, no Dia da Expiação). Os jejuns cristãos são voluntários, não obrigatórios.
Além disso, os cristãos não acreditam que o jejum expia ou queima os pecados. A abnegação tem sido associada ao cristianismo há muito tempo (veja Marcos 8:34), mas o que a Bíblia diz sobre a abnegação é bem diferente do entendimento muçulmano sobre ela. No Islã, a abnegação é uma forma de persuadir Alá a "recompensar" o adorador. Para um cristão, a abnegação é uma ocorrência natural devido a uma mudança de coração e ao desejo de seguir Jesus (Romanos 6:17-18).
A ideia de que um deus será apaziguado por obras de caridade, generosidade ou supressão de desejos naturais é quase universal nas religiões do mundo. De fato, a única religião que não acredita em apaziguar os deuses com boas ações é o cristianismo. A Bíblia ensina que a fé de um cristão resultará em boas obras animadas pelo Espírito de Deus (Tiago 2:26; Gálatas 5:16-18). A fé em si é um dom (Efésios 2:8-9) e, mesmo quando os cristãos vacilam e pecam, não temos medo de que o amor de Deus seja revogado (Romanos 8:1, 38). Os muçulmanos não têm essa garantia e devem buscar continuamente a aprovação de Alá realizando boas obras e jejuando durante o mês do Ramadã. Deixar de jejuar durante o Ramadã é enfrentar a ira de Alá.
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O que é o Ramadã?