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Pergunta: "O que podemos aprender com a tribo de Naftali?"

Resposta:
As tribos de Israel receberam o nome dos filhos de Jacó. Naftali, sendo o sexto filho de Jacó, é uma das doze tribos de Israel. Na época de Moisés, Naftali foi dividido em quatro clãs: os jazeelitas, os gunitas, os jezeritas e os silemitas, nomeados em homenagem aos filhos de Naftali (Números 26:48–49). Naftali nasceu da serva de Raquel, Bila. Ele foi seu segundo e último filho com Jacó. Quando Naftali nasceu, Raquel disse: “Com grandes lutas tenho competido com minha irmã e logrei prevalecer” (Gênesis 30:8). Naftali significa “minha luta”.

Naftali foi uma das seis tribos escolhidas para ficar no Monte Ebal e pronunciar maldições (Deuteronômio 27:13). Por meio dessas maldições, o povo prometeu a Deus que se absteria de certos comportamentos. Por exemplo, uma maldição diz: “Maldito aquele que mudar os marcos do seu próximo” (Deuteronômio 27:17). Outra declara: “Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva” (Deuteronômio 27:19). Ainda outra: “Maldito aquele que ferir o seu próximo em oculto” (Deuteronômio 27:24). No total, Naftali colaborou emitindo doze dessas advertências (Deuteronômio 27:15-26).

Quando Jacó abençoou seus doze filhos, ele disse: "Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas" (Gênesis 49:21). A imagem que se apresenta é a de alguém que brota com muita rapidez e dá boas notícias. Então Moisés abençoou a tribo: "Naftali goza de favores e, cheio da bênção do Senhor, possuirá o lago e o Sul" (Deuteronômio 33:23). Em Josué 19:32-39, aprendemos que a terra de Naftali ficava ao norte de Israel, fazendo fronteira com o território de Aser, e o mar de Kinneret (ou Galileia) tocava a parte sul de seu território.

Apesar de todas as suas bênçãos, a tribo de Naftali não obedeceu à ordem de Deus de expulsar todos os cananeus que viviam em seu território. Então "Naftali não expulsou os habitantes de Bete-Semes, nem os de Bete-Anate; mas continuou no meio dos cananeus que habitavam na terra; porém os de Bete-Semes e Bete-Anate lhe foram sujeitos a trabalhos forçados" (Juízes 1:33).

Em Juízes 4:6-9, vemos que Baraque era um naftalita. Ele havia sido escolhido por Deus para liderar uma força militar de 10.000 membros de sua tribo contra seus opressores cananeus. No entanto, quando chegou a hora de agir, Baraque respondeu com medo e covardia, concordando em lutar contra o exército do rei Jabim apenas se a juíza Débora o acompanhasse. Débora aceita, mas profetiza que a honra da vitória iria para uma mulher e não para Baraque. A profecia foi cumprida em Juízes 4:17-22.

A "Canção de Débora e Baraque" (Juízes 5) relata que a tribo de Naftali arriscou suas vidas "nas alturas do campo" (versículo 18) e foi assim honrada em sua vitória sobre os cananeus.

Em seguida, Naftali respondeu ao chamado de Gideão para repelir os midianitas, amalequitas e outros do leste de seu acampamento no vale de Jezreel (Juízes 6:35). Junto com as tribos de Aser e Manassés, Naftali seguiu Gideão na batalha e perseguiu os midianitas até Zererá e Abel-Meolá (Juízes 7:23).

Quando chegou a hora de Davi assumir o trono, a tribo de Naftali forneceu "mil capitães, e, com eles, trinta e sete mil com escudo e lança", juntamente com uma caravana de alimentos, para ajudá-lo (1 Crônicas 12:34, 40). Quando o rei Salomão estava construindo o templo, ele contratou Hirão, um homem cuja mãe era naftalita, para fazer o trabalho de bronze (1 Reis 7:13-47).

Na época de Cristo, a terra de Naftali fazia parte da área da Galileia e era considerada um lugar de desonra pelos judeus da Judeia, repleta de gentios pagãos (veja João 1:46; 7:52). No entanto, Isaías havia profetizado que Naftali seria honrado: "Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível ... a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios" (Isaías 9:1). Essa honra veio com a vinda de Jesus Cristo. Todos os discípulos de Jesus, exceto Judas, que o traiu, vieram da Galileia, e grande parte do ministério de Jesus aconteceu lá. Portanto, "aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz" (Isaías 9:2).

A tribo de Naftali teve seus altos e baixos. Sua história inclui obediência tímida e demonstrações de covardia, embora também inclua sua bravura sob Gideão e apoio devotado ao rei Davi. Provavelmente, a maior lição que possamos tirar de Naftali é que Deus exalta os humildes. Naftali (como parte da Galileia) era desprezado, e Nazaré era o mais baixo dos baixos. No entanto, Nazaré foi a cidade natal de Jesus, e a Galileia era exatamente o lugar que Jesus escolheu para começar o Seu ministério. Por nós, Ele foi "desprezado e o mais rejeitado entre os homens" (Isaías 53:3). O Rei dos Reis teve um começo muito despretensioso. Ele é verdadeiramente "humilde de coração" (Mateus 11:29).

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