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Pergunta: "O que significa ser um pai piedoso?"

Resposta:
A paternidade foi um dos primeiros trabalhos que Deus deu aos homens. Imediatamente após a criação de Adão e Eva, Deus ordenou: “Sede fecundos, multiplicai-vos” (Gênesis 1:28). Um de Seus principais propósitos para o casamento era a descendência que encheria a terra com o louvor e a glória de Deus. No entanto, fornecer esperma para a concepção é apenas o começo da expectativa de Deus para os pais. O esperma pode fazer um filho, mas é preciso um homem de verdade para ser pai. Alguns homens que querem ser bons pais têm pouca compreensão de como é a paternidade piedosa, então este artigo irá abordar algumas características de um pai piedoso.

1. Um pai piedoso conhece a Deus. Não é preciso dizer, mas muitos homens querem que seus filhos tenham um relacionamento com Deus, mas eles mesmos não têm esse relacionamento com Deus. Eles permitem que suas esposas levem as crianças à igreja, confiam no pregador para incutir valores divinos e supõem que estão sendo o que precisam ser porque fornecem exposição à piedade. Mas as crianças modelam o que veem. Se papai não considera importante a obediência a Deus, por que elas deveriam? Se papai não lidera a família espiritualmente, então isso não deve ser uma prioridade. Assim, a paternidade piedosa começa dentro do coração de um homem. Ele considera o seu próprio relacionamento com Deus o mais importante em sua vida e modela essa piedade para os seus filhos.

2. Um pai piedoso ama e honra sua esposa. Já foi dito que o melhor presente que um pai pode dar a seus filhos é amar sua mãe. Quando as crianças crescem observando interações saudáveis e amorosas entre seus pais, elas naturalmente procuram imitar isso em seus próprios casamentos. Infelizmente, as crianças muitas vezes não veem seus pais e mães se amando. Mesmo que um homem seja divorciado ou solteiro, ele ainda pode modelar um comportamento respeitoso em relação à mãe de seu filho; se ele se casar novamente, ainda pode demonstrar um relacionamento amoroso com sua atual esposa (Efésios 5:25, 28).

3. Um pai piedoso aceita a responsabilidade pelo treinamento espiritual de seus filhos. Muitas vezes, a educação dos filhos é deixada para a mãe, enquanto o pai considera o seu salário a sua contribuição para a família. Embora prover financeiramente para uma família seja uma responsabilidade importante para os pais (1 Timóteo 5:8), não é a sua única responsabilidade. Embora ele possa delegar muito do ensino do dia-a-dia à sua esposa, um pai piedoso ainda tem responsabilidade. Por exemplo, ele deve orar com seus filhos e conversar com eles sobre o que a Bíblia ensina. Ele encoraja o caráter cristão em seus filhos por meio do seu exemplo, bem como suas palavras de instrução e as expectativas de comportamento que estabelece e impõe em sua família.

4. Um pai piedoso está continuamente ciente da sua influência. “Faça o que digo, não o que faço” tem sido a atitude infeliz de muitos pais. Olhinhos observam e aprendem com o comportamento do papai, independentemente do que ele diz acreditar. Filhos, em particular, precisam de modelos masculinos para mostrar-lhes como se tornarem homens. Os pais podem não perceber, mas tudo o que fazem está influenciando seus filhos. As palavras por si só não são suficientes. Considere o que uma criança pode aprender com estas instruções paternas:

• “Igreja é importante, então vocês vão, mas vou ficar em casa para assistir futebol.”

• "Não minta para mim, mas diga a essa pessoa no telefone que não estou aqui."

• “Acabei de xingar nosso vizinho, mas se eu ouvir vocês dizendo essas palavras, vão entrar em apuros.”

• “Fique longe de drogas e álcool. Agora me traga uma cerveja e meus cigarros.”

5. Um pai piedoso modela o serviço altruísta. Grande parte da vida terrena de Jesus foi dedicada a servir aos outros. Como seguidores de Jesus, devemos imitar esse serviço (Mateus 20:28). Pais piedosos descobrem maneiras de envolver seus pequeninos nesse serviço. “Vamos cortar a grama do quintal da Sra. Luzia. O marido dela fez uma cirurgia e ela tem um novo bebê”. Quando as crianças crescem vendo o pai servir silenciosamente ao Senhor sem esperar recompensa, elas internalizam esses valores.

6. Um pai piedoso é consistente. Nada confunde mais as crianças do que a inconsistência, seja na disciplina ou no exemplo. Um pai que fica raivoso em um minuto e amoroso no próximo cria insegurança em seus filhos. Os pais precisam ter cuidado para não descontar suas frustrações em seus filhos e depois desculpar seu comportamento dizendo: “Eu estava apenas chateado”. Pais piedosos canalizam sua raiva para onde ela precisa ir, praticam o perdão e nunca permitem que a raiva crie confusão em seus filhos. Se papai diz que vai fazer alguma coisa, é melhor que faça. As crianças precisam saber o que esperar dos seus pais.

7. Um pai piedoso disciplina seus filhos adequadamente. A disciplina faz parte da criação dos filhos e não deve ser ignorada ou delegada exclusivamente à esposa. Hebreus 12:9–10 nos lembra que os pais terrenos nos disciplinaram para o nosso próprio bem e nosso Pai celestial faz o mesmo. A disciplina sábia ajuda as crianças a aprender a se controlar e as mantém longe de problemas sérios (Provérbios 13:24; 18:19). A disciplina correta não é abusiva, vingativa ou esporádica. Uma criança deve saber onde estão os limites e também deve saber com absoluta certeza o que acontece quando cruza essas linhas.

8. Um pai piedoso não se deixa controlar por influências externas. Vícios, como álcool, drogas ou pornografia, muitas vezes criam um ambiente doméstico marcado por insegurança, medo e depressão. Pais que exibem comportamentos viciantes muitas vezes ensinam seus filhos a fazer o mesmo. Pais piedosos são controlados apenas pelo Espírito Santo (Efésios 5:18). As crianças tendem a adotar quaisquer deuses que seus pais sempre adoravam; assim, o abuso de álcool e drogas é passado de geração em geração (veja Êxodo 20:4–5). No entanto, os filhos que observam seus pais correrem para Jesus com seus problemas podem aprender a imitar esse comportamento saudável.

9. Um pai piedoso é um homem sob autoridade. Devido à sua natureza pecaminosa, um homem lutará para ser seu próprio patrão. Em muitas culturas, é considerado admirável “não responder a ninguém”. No entanto, Jesus demonstrou que Ele era um Homem sob a autoridade do Seu Pai celestial (João 5:19; 12:49). Ele prontamente deu crédito a Deus por Seus sucessos e Se submeteu totalmente à vontade de Deus (João 8:29). Um pai piedoso viverá como homem sob a autoridade de Deus e de instituições terrenas dadas por Deus, como emprego, igreja e governo (1 Pedro 2:18; Romanos 13:1-2; Hebreus 13:17).

10. Um pai piedoso liderará. O mundo precisa desesperadamente de homens que liderem com sabedoria. Liderança não é dominação ou controle. Um líder é aquele que vai primeiro. Ele define o ritmo para a família ao praticar o que prega. Ele está atento aos perigos e toma a iniciativa de proteger sua família deles. Ele se encontra primeiro com Deus para que, quando apresentar um plano para sua família, eles possam ter confiança de que papai está seguindo a direção do Espírito Santo. Ele os conduz a uma igreja saudável e que ensina a Bíblia. Ele os conduz em devoções pessoais. Ele os afasta do mundanismo. Ele lidera sua esposa como sua confidente e defensora. Ele leva seus filhos a conhecer a Cristo. Ele lidera em sua comunidade por meio de serviço de caridade e conselhos sábios. Ele lidera na igreja servindo de acordo com seus dons. E ele leva outros homens a seguirem o seu exemplo. Ele é um homem do qual seus filhos podem se orgulhar (Provérbios 17:6).

Independentemente do passado de um homem ou de sua própria filiação, ele tem potencial para ser um pai piedoso. As qualificações para um presbítero ou diácono encontradas em 1 Timóteo 3:1–12 são um bom padrão para todos nós. Um pai que adere a essas diretrizes se sairá bem. Se ele buscar o Senhor de todo o coração (Provérbios 3:5-6), se esforçar para manter suas prioridades corretas e deixar que o amor e a humildade o definam, qualquer pai cristão pode se tornar um homem que seus filhos têm a honra de chamar de “pai”.

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