Pergunta
O que significa apegar-se firmemente à sua confissão (Hebreus 4:14)?
Resposta
Hebreus 4:14 dá esta exortação aos crentes: "Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão". A palavra "firme" aqui significa "com firmeza" ou "com segurança". Devemos manter a nossa confissão com firmeza.
A palavra confissão, no uso moderno, geralmente evoca a ideia de admitir que você fez algo errado. No entanto, o significado essencial da palavra grega traduzida como "confissão" significa "concordância" ou "reconhecimento". Quando uma pessoa confessa o pecado, ela concorda com Deus sobre ele - que o cometeu e que foi errado. Em Hebreus 4:14, o pecado não é o objeto de nossa confissão, mas sim a verdade sobre quem é Jesus, o que Ele fez na cruz e o fato de que Ele é o único meio de salvação. É uma confissão de fé. Devemos nos apegar à nossa fé.
A NVI traduz a frase como "apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos". A NTLH diz: "fiquemos firmes na fé que anunciamos". A verdade do evangelho deve ser reconhecida e à qual devemos nos apegar.
Hebreus afirma que a Nova Aliança em Jesus Cristo é melhor do que a Antiga Aliança sob a lei. Parece que o livro de Hebreus foi escrito para judeus convertidos ao cristianismo que estavam enfrentando perseguição e, portanto, eram tentados a voltar à Antiga Aliança e à antiga maneira de viver sob as leis e os costumes judaicos. Historicamente, isso faz sentido. Devido à sua longa tradição de monoteísmo, os judeus estavam isentos de muitos dos deveres religiosos devidos ao imperador (César), como orar ou oferecer sacrifícios a ele. Quando os cristãos eram considerados um subconjunto do judaísmo, eles também estavam isentos desses deveres.
Entretanto, à medida que os líderes judeus se tornaram mais hostis aos cristãos, como fica evidente no livro de Atos, os judeus incrédulos começaram a se separar dos seguidores do Caminho (consulte Atos 19:9). Os cristãos foram expulsos das sinagogas e denunciados às autoridades romanas. Se o cristianismo fosse uma nova religião aos olhos de Roma e não simplesmente uma seita do judaísmo, então os cristãos perderiam sua isenção dos deveres religiosos exigidos por Roma. Isso os abriria para a perseguição.
Alguns judeus que haviam professado Cristo foram tentados a renunciar a Cristo e voltar ao judaísmo. Outros foram tentados a fazer concessões e dizer que, embora ainda acreditassem em Cristo, voltariam aos sacrifícios e à adoração no templo como expressão do cristianismo. De qualquer forma, eles estariam negando a suficiência do sacrifício de Cristo por seus pecados e voltando a um sistema de sacrifícios inúteis. É nesse contexto que os judeus destinatários dessa carta são instruídos a se manterem firmes em sua confissão. Era hora de permanecerem firmes em sua fé em Jesus.
O contexto específico de Hebreus 4 são os israelitas que deixaram o Egito sob o comando de Moisés. Seu êxodo os levou do Egito e através do deserto para a Terra Prometida. Eles tiveram uma resposta inicial positiva à promessa. No entanto, não "cumpriram-na". Quando chegaram à fronteira da Terra Prometida e ouviram o relatório dos espiões, decidiram que não poderiam tomar a terra e começaram a falar em voltar para o Egito:
Naquela noite, todos os membros da comunidade levantaram a voz e choraram em voz alta. Todos os israelitas murmuraram contra Moisés e Arão, e toda a assembleia lhes disse: "Então toda a congregação se levantou e gritou em alta voz; e o povo chorou aquela noite. Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse:
— Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!
E por que o Senhor nos traz a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam uns aos outros:
— Vamos escolher um chefe e voltemos para o Egito." (Números 14:1-4, consulte Números 13-14 para ver a história completa)
Como resultado de sua obstinada falta de fé, Deus castigou aquela geração, e nenhum deles, exceto Josué e Calebe (os dois espiões que trouxeram um bom relatório), conseguiu entrar na Terra Prometida. Todas as pessoas com 20 anos ou mais morreram enquanto os israelitas vagavam pelo deserto por quase 40 anos. Essa geração é um exemplo daqueles que tiveram uma resposta inicial positiva, mas depois negaram a sua confissão (ou seja, a crença de que Deus os levaria para a Terra Prometida) e quiseram voltar para o Egito. Hebreus 4 vê esse fato como um paralelo aos crentes judeus do primeiro século que haviam feito uma profissão de fé em Cristo, mas agora queriam voltar ao judaísmo.
O mesmo pode ser verdade para qualquer pessoa hoje. Quando uma pessoa ouve o evangelho, ela pode ter uma resposta inicial positiva. Esse indivíduo pode fazer uma profissão de fé, ser batizado, filiar-se à igreja e envolver-se em vários ministérios e atividades. No entanto, quando surgem as pressões, alguns que tiveram uma resposta inicial positiva podem desistir. Pode ser uma perseguição direta, mas nos países ocidentais é mais frequente a pressão social e a atração por outras atividades - talvez pecaminosas. Algum tempo depois, a pessoa que era tão ativa na igreja e parecia ser tão comprometida não está mais envolvida na igreja ou em qualquer disciplina cristã, e Jesus tem pouca ou nenhuma importância para ela. Sua vida está organizada em torno de suas próprias prioridades e atividades pecaminosas.
Jesus falou sobre esse tipo de pessoa na parábola dos solos: "O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Mas ele não tem raiz em si mesmo, sendo de pouca duração. Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém as preocupações deste mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um" (Mateus 13:20-23). Não se trata de um crente genuíno perder a salvação, mas de um crente professo desistir de algo que nunca foi genuíno para começar - embora no início parecesse promissor.
Uma pessoa pode fazer uma profissão de fé e ainda não ser verdadeiramente um crente. Quando a sua profissão é testada, ou a sua fé se mostra genuína ou ela a abandona. Admoestações e avisos como os encontrados em Hebreus podem ajudar os crentes professos em uma crise. Eles se manterão firmes na confissão ou se afastarão, mostrando a insinceridade de sua fé?
A verdade de quem é Jesus, conforme articulada em Hebreus 4:14-16, é o que incentiva os crentes a se manterem firmes na confissão de sua fé. Ele é o nosso "grande Sumo Sacerdote que passou pelos céus"; Ele é "o Filho de Deus". A verdade da Palavra de Deus é o meio prático pelo qual o Espírito Santo permite que o verdadeiro crente permaneça fiel, apegando-se firmemente à fé.
A palavra confissão, no uso moderno, geralmente evoca a ideia de admitir que você fez algo errado. No entanto, o significado essencial da palavra grega traduzida como "confissão" significa "concordância" ou "reconhecimento". Quando uma pessoa confessa o pecado, ela concorda com Deus sobre ele - que o cometeu e que foi errado. Em Hebreus 4:14, o pecado não é o objeto de nossa confissão, mas sim a verdade sobre quem é Jesus, o que Ele fez na cruz e o fato de que Ele é o único meio de salvação. É uma confissão de fé. Devemos nos apegar à nossa fé.
A NVI traduz a frase como "apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos". A NTLH diz: "fiquemos firmes na fé que anunciamos". A verdade do evangelho deve ser reconhecida e à qual devemos nos apegar.
Hebreus afirma que a Nova Aliança em Jesus Cristo é melhor do que a Antiga Aliança sob a lei. Parece que o livro de Hebreus foi escrito para judeus convertidos ao cristianismo que estavam enfrentando perseguição e, portanto, eram tentados a voltar à Antiga Aliança e à antiga maneira de viver sob as leis e os costumes judaicos. Historicamente, isso faz sentido. Devido à sua longa tradição de monoteísmo, os judeus estavam isentos de muitos dos deveres religiosos devidos ao imperador (César), como orar ou oferecer sacrifícios a ele. Quando os cristãos eram considerados um subconjunto do judaísmo, eles também estavam isentos desses deveres.
Entretanto, à medida que os líderes judeus se tornaram mais hostis aos cristãos, como fica evidente no livro de Atos, os judeus incrédulos começaram a se separar dos seguidores do Caminho (consulte Atos 19:9). Os cristãos foram expulsos das sinagogas e denunciados às autoridades romanas. Se o cristianismo fosse uma nova religião aos olhos de Roma e não simplesmente uma seita do judaísmo, então os cristãos perderiam sua isenção dos deveres religiosos exigidos por Roma. Isso os abriria para a perseguição.
Alguns judeus que haviam professado Cristo foram tentados a renunciar a Cristo e voltar ao judaísmo. Outros foram tentados a fazer concessões e dizer que, embora ainda acreditassem em Cristo, voltariam aos sacrifícios e à adoração no templo como expressão do cristianismo. De qualquer forma, eles estariam negando a suficiência do sacrifício de Cristo por seus pecados e voltando a um sistema de sacrifícios inúteis. É nesse contexto que os judeus destinatários dessa carta são instruídos a se manterem firmes em sua confissão. Era hora de permanecerem firmes em sua fé em Jesus.
O contexto específico de Hebreus 4 são os israelitas que deixaram o Egito sob o comando de Moisés. Seu êxodo os levou do Egito e através do deserto para a Terra Prometida. Eles tiveram uma resposta inicial positiva à promessa. No entanto, não "cumpriram-na". Quando chegaram à fronteira da Terra Prometida e ouviram o relatório dos espiões, decidiram que não poderiam tomar a terra e começaram a falar em voltar para o Egito:
Naquela noite, todos os membros da comunidade levantaram a voz e choraram em voz alta. Todos os israelitas murmuraram contra Moisés e Arão, e toda a assembleia lhes disse: "Então toda a congregação se levantou e gritou em alta voz; e o povo chorou aquela noite. Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse:
— Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!
E por que o Senhor nos traz a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam uns aos outros:
— Vamos escolher um chefe e voltemos para o Egito." (Números 14:1-4, consulte Números 13-14 para ver a história completa)
Como resultado de sua obstinada falta de fé, Deus castigou aquela geração, e nenhum deles, exceto Josué e Calebe (os dois espiões que trouxeram um bom relatório), conseguiu entrar na Terra Prometida. Todas as pessoas com 20 anos ou mais morreram enquanto os israelitas vagavam pelo deserto por quase 40 anos. Essa geração é um exemplo daqueles que tiveram uma resposta inicial positiva, mas depois negaram a sua confissão (ou seja, a crença de que Deus os levaria para a Terra Prometida) e quiseram voltar para o Egito. Hebreus 4 vê esse fato como um paralelo aos crentes judeus do primeiro século que haviam feito uma profissão de fé em Cristo, mas agora queriam voltar ao judaísmo.
O mesmo pode ser verdade para qualquer pessoa hoje. Quando uma pessoa ouve o evangelho, ela pode ter uma resposta inicial positiva. Esse indivíduo pode fazer uma profissão de fé, ser batizado, filiar-se à igreja e envolver-se em vários ministérios e atividades. No entanto, quando surgem as pressões, alguns que tiveram uma resposta inicial positiva podem desistir. Pode ser uma perseguição direta, mas nos países ocidentais é mais frequente a pressão social e a atração por outras atividades - talvez pecaminosas. Algum tempo depois, a pessoa que era tão ativa na igreja e parecia ser tão comprometida não está mais envolvida na igreja ou em qualquer disciplina cristã, e Jesus tem pouca ou nenhuma importância para ela. Sua vida está organizada em torno de suas próprias prioridades e atividades pecaminosas.
Jesus falou sobre esse tipo de pessoa na parábola dos solos: "O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Mas ele não tem raiz em si mesmo, sendo de pouca duração. Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém as preocupações deste mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um" (Mateus 13:20-23). Não se trata de um crente genuíno perder a salvação, mas de um crente professo desistir de algo que nunca foi genuíno para começar - embora no início parecesse promissor.
Uma pessoa pode fazer uma profissão de fé e ainda não ser verdadeiramente um crente. Quando a sua profissão é testada, ou a sua fé se mostra genuína ou ela a abandona. Admoestações e avisos como os encontrados em Hebreus podem ajudar os crentes professos em uma crise. Eles se manterão firmes na confissão ou se afastarão, mostrando a insinceridade de sua fé?
A verdade de quem é Jesus, conforme articulada em Hebreus 4:14-16, é o que incentiva os crentes a se manterem firmes na confissão de sua fé. Ele é o nosso "grande Sumo Sacerdote que passou pelos céus"; Ele é "o Filho de Deus". A verdade da Palavra de Deus é o meio prático pelo qual o Espírito Santo permite que o verdadeiro crente permaneça fiel, apegando-se firmemente à fé.