Pergunta
Por que Jesus repreendeu os escribas e fariseus com tanta severidade em Mateus 23:13-36?
Resposta
Em Mateus 23, Jesus pronuncia "ais" sobre os escribas e fariseus, a elite religiosa da época. A palavra "ai" é uma exclamação de pesar, denúncia ou angústia. Essa não foi a primeira vez que Jesus dirigiu palavras duras aos líderes religiosos de Sua época. Por que Jesus os repreendeu tão duramente aqui? Analisar cada um dos ais nos dá uma ideia.
Antes de pronunciar os ais, Jesus disse aos ouvintes que respeitassem os escribas e fariseus devido à sua posição de autoridade, mas que não os imitassem, "pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens" (Mateus 23:3-5). Os escribas e fariseus deveriam conhecer Deus e ajudar os outros a conhecê-lo e a seguir os Seus caminhos. Em vez disso, os líderes religiosos acrescentaram algo à Lei de Deus, tornando-a um fardo pesado e oneroso. E eles não seguiram a Deus com um coração puro. A religião deles não era a verdadeira adoração a Deus; ao contrário, estava enraizada em um coração orgulhoso. O Sermão da Montanha de Jesus enfatiza a verdadeira intenção da Lei em vez da letra da Lei. Os escribas e fariseus enfatizavam a letra, perdendo completamente o espírito.
O primeiro ai é: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo" (Mateus 23:13). Jesus se preocupa com as pessoas. Ele deseja que elas O conheçam e entrem em Seu reino (João 3:16-17; 10:10, 17; 2 Pedro 3:9). Depois de repreender os escribas e fariseus, Jesus lamentou a rebeldia de Jerusalém (Mateus 23:37-39). Claramente, o Seu coração é que as pessoas encontrem vida nEle. É lógico, então, que Ele teria palavras duras para aqueles que impediam as pessoas de encontrar a salvação. Os mestres da Lei e os fariseus não estavam verdadeiramente buscando a Deus, embora agissem como se estivessem. A religião deles era vazia e estava impedindo outras pessoas de seguirem o Messias.
No segundo ai, Jesus condena os escribas e fariseus por fazerem grandes esforços para ganhar convertidos e depois levarem esses convertidos a serem "duas vezes mais" filhos do inferno do que os escribas e fariseus eram (Mateus 23:15). Em outras palavras, eles estavam mais empenhados em divulgar a sua religião do que em manter a verdade.
O terceiro ai que Jesus pronuncia contra os escribas e fariseus chama os líderes religiosos de "guias cegos" e "tolos cegos" (Mateus 23:16-17). Especificamente, Jesus aponta que eles não se importavam com quais juramentos eram obrigatórios e quais não eram, ignorando a natureza sagrada de todos os juramentos e o significado do templo e da santidade de Deus (versículos 15-22).
O quarto ai chama a atenção dos escribas e fariseus por sua prática de pagar diligentemente o dízimo enquanto negligenciavam o cuidado real com as pessoas. Enquanto contavam as folhas de hortelã para garantir que dariam um décimo ao templo, eles "negligenciaram os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade" (Mateus 23:23). Mais uma vez, eles se concentraram na letra da Lei e a obedeceram com orgulho, mas deixaram de lado as coisas mais importantes de Deus. A sua religião era externa; os seus corações não foram transformados.
Jesus fala mais detalhadamente sobre a hipocrisia deles no quinto ai. Ele diz aos líderes religiosos que eles parecem limpos por fora, mas negligenciaram o interior. Eles praticam atos religiosos, mas não têm um coração que honra a Deus. Não adianta nada, diz Jesus, limpar o exterior quando o interior está "cheio de ganância e cobiça" (Mateus 23:25). Os fariseus e escribas são cegos e não reconhecem que, quando o interior é mudado, o exterior também será transformado.
No sexto ai, Jesus afirma que os escribas e fariseus são "como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície" (Mateus 23:27). A morte dentro dos túmulos é comparada à "hipocrisia e maldade" dentro dos líderes religiosos (versículo 28). Mais uma vez, eles parecem obedecer a Deus, mas os seus corações estão longe dEle (veja Mateus 15:7-9 e Isaías 29:13).
Jesus conclui a Sua repreensão em sete partes dizendo aos líderes religiosos que eles são exatamente como seus pais, que perseguiram os profetas da antiguidade. Ao construir monumentos aos profetas, eles testemunham contra si mesmos, admitindo abertamente que foram seus antepassados que mataram os profetas (Mateus 23:29-31). Embora afirmem arrogantemente que não teriam feito isso, são eles que logo planejarão o assassinato do próprio Filho de Deus (Mateus 26:4).
As palavras de Jesus são duras porque havia muita coisa em jogo. Aqueles que seguiam os fariseus e escribas estavam sendo impedidos de seguir a Deus. Muitos dos ensinamentos da época de Jesus estavam em contradição direta com a Palavra de Deus (veja Mateus 15:6). Os líderes religiosos ridicularizavam o fato de seguir a Deus. Eles não entendiam verdadeiramente os caminhos de Deus e afastavam as pessoas de Deus. O desejo de Jesus era que as pessoas conhecessem a Deus e se reconciliassem com Ele. Em Mateus 11:28-30, Jesus disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Ao contrário dos fardos que os escribas e fariseus colocavam sobre o povo em um esforço humano para obter a reconciliação com Deus, Jesus dá o verdadeiro descanso. Os líderes religiosos espalharam mentiras encobertas por um verniz de piedade (João 8:44); Jesus falou duramente contra eles porque Ele veio para trazer vida (João 10:10).
Além disso, a palavra ai traz consigo um tom de tristeza. Há um elemento de imprecação, com certeza, mas com ele um elemento de tristeza compassiva. Os sete ais que Jesus pronuncia sobre os líderes religiosos são declarações solenes de miséria futura. A teimosia dos pecadores a quem Ele fala está trazendo um julgamento a ser temido. Os escribas e fariseus estão invocando a ira de Deus sobre si mesmos e devem ser lamentados.
Imediatamente após a repreensão de Jesus aos escribas e fariseus, vemos a compaixão de Jesus. Ele pergunta: "Como vocês escaparão da condenação ao inferno?" (Mateus 23:33). Jesus então expressa o Seu desejo de reunir o povo de Israel em segurança, se ao menos eles estivessem dispostos (versículo 37). Deus anseia que o Seu povo venha a Ele e encontre o perdão. Jesus não estava sendo duro para ser maldoso. Ele não estava tendo um acesso de raiva. Em vez disso, o amor guiou as Suas ações. Jesus falou com firmeza contra o engano de Satanás por causa do desejo de que as pessoas conhecessem a verdade e encontrassem vida nEle.
Antes de pronunciar os ais, Jesus disse aos ouvintes que respeitassem os escribas e fariseus devido à sua posição de autoridade, mas que não os imitassem, "pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens" (Mateus 23:3-5). Os escribas e fariseus deveriam conhecer Deus e ajudar os outros a conhecê-lo e a seguir os Seus caminhos. Em vez disso, os líderes religiosos acrescentaram algo à Lei de Deus, tornando-a um fardo pesado e oneroso. E eles não seguiram a Deus com um coração puro. A religião deles não era a verdadeira adoração a Deus; ao contrário, estava enraizada em um coração orgulhoso. O Sermão da Montanha de Jesus enfatiza a verdadeira intenção da Lei em vez da letra da Lei. Os escribas e fariseus enfatizavam a letra, perdendo completamente o espírito.
O primeiro ai é: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo" (Mateus 23:13). Jesus se preocupa com as pessoas. Ele deseja que elas O conheçam e entrem em Seu reino (João 3:16-17; 10:10, 17; 2 Pedro 3:9). Depois de repreender os escribas e fariseus, Jesus lamentou a rebeldia de Jerusalém (Mateus 23:37-39). Claramente, o Seu coração é que as pessoas encontrem vida nEle. É lógico, então, que Ele teria palavras duras para aqueles que impediam as pessoas de encontrar a salvação. Os mestres da Lei e os fariseus não estavam verdadeiramente buscando a Deus, embora agissem como se estivessem. A religião deles era vazia e estava impedindo outras pessoas de seguirem o Messias.
No segundo ai, Jesus condena os escribas e fariseus por fazerem grandes esforços para ganhar convertidos e depois levarem esses convertidos a serem "duas vezes mais" filhos do inferno do que os escribas e fariseus eram (Mateus 23:15). Em outras palavras, eles estavam mais empenhados em divulgar a sua religião do que em manter a verdade.
O terceiro ai que Jesus pronuncia contra os escribas e fariseus chama os líderes religiosos de "guias cegos" e "tolos cegos" (Mateus 23:16-17). Especificamente, Jesus aponta que eles não se importavam com quais juramentos eram obrigatórios e quais não eram, ignorando a natureza sagrada de todos os juramentos e o significado do templo e da santidade de Deus (versículos 15-22).
O quarto ai chama a atenção dos escribas e fariseus por sua prática de pagar diligentemente o dízimo enquanto negligenciavam o cuidado real com as pessoas. Enquanto contavam as folhas de hortelã para garantir que dariam um décimo ao templo, eles "negligenciaram os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade" (Mateus 23:23). Mais uma vez, eles se concentraram na letra da Lei e a obedeceram com orgulho, mas deixaram de lado as coisas mais importantes de Deus. A sua religião era externa; os seus corações não foram transformados.
Jesus fala mais detalhadamente sobre a hipocrisia deles no quinto ai. Ele diz aos líderes religiosos que eles parecem limpos por fora, mas negligenciaram o interior. Eles praticam atos religiosos, mas não têm um coração que honra a Deus. Não adianta nada, diz Jesus, limpar o exterior quando o interior está "cheio de ganância e cobiça" (Mateus 23:25). Os fariseus e escribas são cegos e não reconhecem que, quando o interior é mudado, o exterior também será transformado.
No sexto ai, Jesus afirma que os escribas e fariseus são "como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície" (Mateus 23:27). A morte dentro dos túmulos é comparada à "hipocrisia e maldade" dentro dos líderes religiosos (versículo 28). Mais uma vez, eles parecem obedecer a Deus, mas os seus corações estão longe dEle (veja Mateus 15:7-9 e Isaías 29:13).
Jesus conclui a Sua repreensão em sete partes dizendo aos líderes religiosos que eles são exatamente como seus pais, que perseguiram os profetas da antiguidade. Ao construir monumentos aos profetas, eles testemunham contra si mesmos, admitindo abertamente que foram seus antepassados que mataram os profetas (Mateus 23:29-31). Embora afirmem arrogantemente que não teriam feito isso, são eles que logo planejarão o assassinato do próprio Filho de Deus (Mateus 26:4).
As palavras de Jesus são duras porque havia muita coisa em jogo. Aqueles que seguiam os fariseus e escribas estavam sendo impedidos de seguir a Deus. Muitos dos ensinamentos da época de Jesus estavam em contradição direta com a Palavra de Deus (veja Mateus 15:6). Os líderes religiosos ridicularizavam o fato de seguir a Deus. Eles não entendiam verdadeiramente os caminhos de Deus e afastavam as pessoas de Deus. O desejo de Jesus era que as pessoas conhecessem a Deus e se reconciliassem com Ele. Em Mateus 11:28-30, Jesus disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Ao contrário dos fardos que os escribas e fariseus colocavam sobre o povo em um esforço humano para obter a reconciliação com Deus, Jesus dá o verdadeiro descanso. Os líderes religiosos espalharam mentiras encobertas por um verniz de piedade (João 8:44); Jesus falou duramente contra eles porque Ele veio para trazer vida (João 10:10).
Além disso, a palavra ai traz consigo um tom de tristeza. Há um elemento de imprecação, com certeza, mas com ele um elemento de tristeza compassiva. Os sete ais que Jesus pronuncia sobre os líderes religiosos são declarações solenes de miséria futura. A teimosia dos pecadores a quem Ele fala está trazendo um julgamento a ser temido. Os escribas e fariseus estão invocando a ira de Deus sobre si mesmos e devem ser lamentados.
Imediatamente após a repreensão de Jesus aos escribas e fariseus, vemos a compaixão de Jesus. Ele pergunta: "Como vocês escaparão da condenação ao inferno?" (Mateus 23:33). Jesus então expressa o Seu desejo de reunir o povo de Israel em segurança, se ao menos eles estivessem dispostos (versículo 37). Deus anseia que o Seu povo venha a Ele e encontre o perdão. Jesus não estava sendo duro para ser maldoso. Ele não estava tendo um acesso de raiva. Em vez disso, o amor guiou as Suas ações. Jesus falou com firmeza contra o engano de Satanás por causa do desejo de que as pessoas conhecessem a verdade e encontrassem vida nEle.