Pergunta
O que é o Apocalipse de Paulo?
Resposta
O Apocalipse de Paulo, ou a Revelação de Paulo, é um livro não canônico, supostamente escrito pelo apóstolo Paulo, que descreve, em detalhes gráficos, a vida no céu e no inferno. Ele supostamente relata o que Paulo testemunhou quando foi arrebatado ao terceiro céu (ver 2 Coríntios 12).
Segundo a história, Paulo escreveu sua revelação, mas recebeu a ordem de esconder o manuscrito sob os alicerces de uma casa situada em Tarso. Tarso foi o local de nascimento do apóstolo Paulo. De acordo com a lenda, séculos após a morte de Paulo, um anjo revelou o paradeiro desse livro escondido e, finalmente, seu conteúdo foi tornado público.
Entre as muitas esquisitices teológicas do Apocalipse de Paulo, as almas condenadas que sofrem no inferno recebem um dia de descanso a cada domingo (§ 44), um anjo no inferno com "uma grande navalha de fogo" corta os lábios e as línguas dos hipócritas (§ 37), e aqueles que não jejuaram adequadamente são torturados com muita sede enquanto "pendurados sobre um canal de água ... e muitas frutas foram colocadas à sua vista, e não lhes foi permitido pegá-las" (§ 39). Por um tempo, o livro foi popular entre os monges, pois, de acordo com seu conteúdo fantasioso, aqueles que suportaram os rigores da vida monástica com seu trabalho árduo e condições espartanas receberam maiores recompensas celestiais.
Quanto à sua autenticidade, o Apocalipse de Paulo (em latim, Visio Pauli) era desconhecido dos pais da igreja primitiva; o manuscrito provavelmente foi escrito entre 250 e 400 d.C., muito depois de o cânone das Escrituras ter sido encerrado. Agostinho de Hipona classificou o escrito como fraudulento (http://earlychristianwritings.com/apocalypsepaul.html, acessado em 12/7/22). Os estudiosos tendem a acreditar que o manuscrito, que foi condenado no Decretum Gelasianum, um documento do final do século V que reflete as crenças da Igreja Católica Romana, originou-se em um monastério egípcio.
O apóstolo Paulo teve de fato uma breve experiência no céu. Referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, talvez como uma indicação de modéstia pessoal, ele escreveu o seguinte:
"Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu. Se isso foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem — se no corpo ou sem o corpo, não sei; Deus o sabe — foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras indizíveis, que homem nenhum tem permissão para repetir." (2 Coríntios 12:2-4)
O evento descrito por Paulo pode ter ocorrido quando ele foi cruelmente atacado por uma multidão hostil em Listra (Atos 14:19). Independentemente disso, seja no corpo ou no espírito, o apóstolo foi transportado de forma sobrenatural para o "terceiro céu". O terceiro céu se refere ao lugar onde Deus habita. Quanto ao que o apóstolo viu e ouviu lá, não sabemos, pois ele foi proibido de compartilhar os detalhes dessa experiência singular. Podemos supor que o lugar onde Deus habita é indescritivelmente glorioso e está muito além dos limites da imaginação humana. Paulo, que havia testemunhado o que aguardava o povo de Deus, parecia não ter medo da morte (Filipenses 1:21-23). Ele sabia o que o aguardava na glória.
De tempos em tempos, alguém afirma escandalosamente ter visitado o céu (ou o inferno) e retornado à Terra. Tais relatos são bons para aparições na televisão e vendas de livros, mas o cristão perspicaz certamente deve perguntar: "Se o apóstolo Paulo não teve permissão para contar sobre sua jornada celestial, por que Deus permitiria que essa pessoa falasse sobre tal experiência?"
Deus nos disse tudo o que precisamos saber sobre o céu nas páginas das Escrituras. Escritos espúrios, como o Apocalipse de Paulo ou um livro best-seller promovido por marqueteiros modernos, servem apenas para obscurecer o nosso entendimento.
Segundo a história, Paulo escreveu sua revelação, mas recebeu a ordem de esconder o manuscrito sob os alicerces de uma casa situada em Tarso. Tarso foi o local de nascimento do apóstolo Paulo. De acordo com a lenda, séculos após a morte de Paulo, um anjo revelou o paradeiro desse livro escondido e, finalmente, seu conteúdo foi tornado público.
Entre as muitas esquisitices teológicas do Apocalipse de Paulo, as almas condenadas que sofrem no inferno recebem um dia de descanso a cada domingo (§ 44), um anjo no inferno com "uma grande navalha de fogo" corta os lábios e as línguas dos hipócritas (§ 37), e aqueles que não jejuaram adequadamente são torturados com muita sede enquanto "pendurados sobre um canal de água ... e muitas frutas foram colocadas à sua vista, e não lhes foi permitido pegá-las" (§ 39). Por um tempo, o livro foi popular entre os monges, pois, de acordo com seu conteúdo fantasioso, aqueles que suportaram os rigores da vida monástica com seu trabalho árduo e condições espartanas receberam maiores recompensas celestiais.
Quanto à sua autenticidade, o Apocalipse de Paulo (em latim, Visio Pauli) era desconhecido dos pais da igreja primitiva; o manuscrito provavelmente foi escrito entre 250 e 400 d.C., muito depois de o cânone das Escrituras ter sido encerrado. Agostinho de Hipona classificou o escrito como fraudulento (http://earlychristianwritings.com/apocalypsepaul.html, acessado em 12/7/22). Os estudiosos tendem a acreditar que o manuscrito, que foi condenado no Decretum Gelasianum, um documento do final do século V que reflete as crenças da Igreja Católica Romana, originou-se em um monastério egípcio.
O apóstolo Paulo teve de fato uma breve experiência no céu. Referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, talvez como uma indicação de modéstia pessoal, ele escreveu o seguinte:
"Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu. Se isso foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem — se no corpo ou sem o corpo, não sei; Deus o sabe — foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras indizíveis, que homem nenhum tem permissão para repetir." (2 Coríntios 12:2-4)
O evento descrito por Paulo pode ter ocorrido quando ele foi cruelmente atacado por uma multidão hostil em Listra (Atos 14:19). Independentemente disso, seja no corpo ou no espírito, o apóstolo foi transportado de forma sobrenatural para o "terceiro céu". O terceiro céu se refere ao lugar onde Deus habita. Quanto ao que o apóstolo viu e ouviu lá, não sabemos, pois ele foi proibido de compartilhar os detalhes dessa experiência singular. Podemos supor que o lugar onde Deus habita é indescritivelmente glorioso e está muito além dos limites da imaginação humana. Paulo, que havia testemunhado o que aguardava o povo de Deus, parecia não ter medo da morte (Filipenses 1:21-23). Ele sabia o que o aguardava na glória.
De tempos em tempos, alguém afirma escandalosamente ter visitado o céu (ou o inferno) e retornado à Terra. Tais relatos são bons para aparições na televisão e vendas de livros, mas o cristão perspicaz certamente deve perguntar: "Se o apóstolo Paulo não teve permissão para contar sobre sua jornada celestial, por que Deus permitiria que essa pessoa falasse sobre tal experiência?"
Deus nos disse tudo o que precisamos saber sobre o céu nas páginas das Escrituras. Escritos espúrios, como o Apocalipse de Paulo ou um livro best-seller promovido por marqueteiros modernos, servem apenas para obscurecer o nosso entendimento.