Pergunta
Quem era Simão de Cirene?
Resposta
Simão de Cirene é mencionado em três dos quatro Evangelhos como o homem impelido pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus para fora de Jerusalém. Seu local de origem levou muitos a se perguntarem se ele era de ascendência africana (e, portanto, negro) ou se simplesmente nasceu lá, como muitos outros de ascendência grega, romana e judaica.
Cirene estava situada na atual Líbia, na costa norte do continente africano. Estabelecida pelos gregos em 630 a.C. e, mais tarde, com uma população judaica significativa, Cirene era a capital do distrito romano de Cirenaica na época da crucificação de Jesus. Naquela época, Cirene era o lar de um grande número de judeus de língua grega ou helenistas.
Muitos judeus de Cirene haviam retornado à sua terra natal, Israel, e faziam parte de uma comunidade em Jerusalém chamada Sinagoga dos Libertos, que incluía judeus de muitas outras províncias, inclusive Alexandria (Egito), Cilícia e Ásia (Atos 6:9). Lucas registra que homens de Cirene estavam entre os convertidos no Pentecostes (Atos 2:10). Após o martírio de Estêvão (Atos 7), os crentes de Cirene estavam entre os primeiros a serem dispersos pela perseguição em Jerusalém; chegando a Antioquia, eles pregaram aos gentios de lá (Atos 11:20). Esses crentes foram fundamentais para a formação da igreja em Antioquia, onde, pela primeira vez, "os discípulos foram chamados cristãos" (Atos 11:26).
Simão de Cirene é mencionado em Mateus, Marcos e Lucas. Mateus registra apenas seu nome e local de origem (27:32), mas Marcos e Lucas dizem que ele estava "vindo do campo" (Lucas 23:26). Marcos, de forma incomum, fornece a maior parte das informações sobre Simão, acrescentando que ele era "pai de Alexandre e Rufo" (Marcos 15:21), homens obviamente bem conhecidos dos leitores de Marcos. Especula-se que o Rufo mencionado aqui pode ser o mesmo homem que Paulo cumprimenta em sua carta a Roma, a quem ele chama de "escolhido no Senhor" e cuja mãe "tem sido minha mãe também" (Romanos 16:13). O conhecimento que Paulo tem da família de Rufo indica que em algum momento eles viveram mais a leste.
Então, será que tudo isso indica que Simão era negro? Em última análise, não sabemos ao certo. Sempre existe a possibilidade de que Simão fosse um africano que se converteu ao judaísmo ou que tivesse ascendência mista. No entanto, considerando que pessoas de linhagem judaica viviam em todo o Império Romano, também é possível que Simão de Cirene fosse de pele oliva.
Cirene estava situada na atual Líbia, na costa norte do continente africano. Estabelecida pelos gregos em 630 a.C. e, mais tarde, com uma população judaica significativa, Cirene era a capital do distrito romano de Cirenaica na época da crucificação de Jesus. Naquela época, Cirene era o lar de um grande número de judeus de língua grega ou helenistas.
Muitos judeus de Cirene haviam retornado à sua terra natal, Israel, e faziam parte de uma comunidade em Jerusalém chamada Sinagoga dos Libertos, que incluía judeus de muitas outras províncias, inclusive Alexandria (Egito), Cilícia e Ásia (Atos 6:9). Lucas registra que homens de Cirene estavam entre os convertidos no Pentecostes (Atos 2:10). Após o martírio de Estêvão (Atos 7), os crentes de Cirene estavam entre os primeiros a serem dispersos pela perseguição em Jerusalém; chegando a Antioquia, eles pregaram aos gentios de lá (Atos 11:20). Esses crentes foram fundamentais para a formação da igreja em Antioquia, onde, pela primeira vez, "os discípulos foram chamados cristãos" (Atos 11:26).
Simão de Cirene é mencionado em Mateus, Marcos e Lucas. Mateus registra apenas seu nome e local de origem (27:32), mas Marcos e Lucas dizem que ele estava "vindo do campo" (Lucas 23:26). Marcos, de forma incomum, fornece a maior parte das informações sobre Simão, acrescentando que ele era "pai de Alexandre e Rufo" (Marcos 15:21), homens obviamente bem conhecidos dos leitores de Marcos. Especula-se que o Rufo mencionado aqui pode ser o mesmo homem que Paulo cumprimenta em sua carta a Roma, a quem ele chama de "escolhido no Senhor" e cuja mãe "tem sido minha mãe também" (Romanos 16:13). O conhecimento que Paulo tem da família de Rufo indica que em algum momento eles viveram mais a leste.
Então, será que tudo isso indica que Simão era negro? Em última análise, não sabemos ao certo. Sempre existe a possibilidade de que Simão fosse um africano que se converteu ao judaísmo ou que tivesse ascendência mista. No entanto, considerando que pessoas de linhagem judaica viviam em todo o Império Romano, também é possível que Simão de Cirene fosse de pele oliva.