Pergunta
Quando e como Judá foi conquistada pelos babilônios?
Resposta
A luta entre Judá e a Babilônia foi longa e, por fim, desastrosa para Judá. Durante o reinado do rei Jeoaquim (609-597 a.C.), "subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim ficou três anos seu servo; depois se virou, e se rebelou contra ele" (2 Reis 24:1). O início da servidão de Jeoaquim foi em 605 a.C. Três anos depois, o rei de Judá se rebelou contra a Babilônia, recusando-se a pagar o tributo. Nabucodonosor reprimiu a rebelião e levou prisioneiros para a Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos. Após a morte de Jeoaquim em 597 a.C., seu filho de 18 anos, Joaquim, tornou-se rei, reinando por três meses e praticando o mal aos olhos de Deus (versículos 8-9).
Durante o reinado de Joaquim, em 597 a.C., o rei Nabucodonosor sitiou a cidade de Jerusalém. Joaquim se entregou, e temos o seguinte relato: "Também veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra a cidade, quando já os seus servos a estavam sitiando. Então saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais; e o rei de Babilônia o tomou preso, no ano oitavo do seu reinado. E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei; e partiu todos os vasos de ouro, que fizera Salomão, rei de Israel, no templo do Senhor, como o Senhor tinha falado. E transportou a toda a Jerusalém como também a todos os príncipes, e a todos os homens valorosos, dez mil presos, e a todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra" (2 Reis 24:11-14). Essa segunda deportação de judeus para a Babilônia incluiu o sacerdote Ezequiel, que mais tarde escreveu o livro que leva seu nome.
A nação de Judá continuou a existir sob o domínio babilônico, com o rei Zedequias instalado em Jerusalém como um rei fantoche. Mas Zedequias também se rebelou, e "Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acampou contra ela, e levantaram contra ela trincheiras em redor. E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias" (2 Reis 25:1-2).
A cidade caiu em 586 a.C.: "[Nabucodonosor] queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos grandes queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém. E o mais do povo que deixaram ficar na cidade, os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia e o mais da multidão, Nebuzaradã, o capitão da guarda, levou presos. Porém dos mais pobres da terra deixou o capitão da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores" (2 Reis 25:9-12).
Após a destruição de Jerusalém, Gedalias foi nomeado governador de Judá (2 Reis 25:22). Ele foi morto dois meses após a sua nomeação (sete meses após a queda de Jerusalém, cf. versículos 8 e 25), fazendo com que muitos dos judeus restantes fugissem para o Egito temendo por suas vidas (versículo 26). Esse grupo de refugiados incluía o profeta Jeremias, que foi forçado, contra a sua vontade, a ir para o Egito.
O livro de 2 Reis termina com o rei Joaquim sendo libertado da prisão na Babilônia e recebendo liberdade para jantar à mesa do rei na Babilônia. Embora fosse originalmente um rei, Joaquim tornou-se um prisioneiro de guerra estrangeiro e ficou grato por ter sido libertado da prisão. Todos esses eventos terríveis haviam sido previstos pelos profetas de Deus. O exílio dos judeus na Babilônia durou 70 anos, como Jeremias previu (Jeremias 25:12). Depois, os judeus puderam voltar a Jerusalém e começar a reconstrução. Esse período da história é descrito nos livros de Esdras e Neemias.
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